
Nesse berço exemplar, o pequeno Domingos trilhou o mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome foi escolhido para homenagear São Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um Santo para a Igreja Católica.
Ainda pequeno, porém, já em idade escolar, foi confiado aos cuidados de um tio sacerdote que lhe ensinou as matérias elementares, além das funções litúrgicas e pastorais.
Quando completa 15 anos, aluga um quarto de pensão na cidade de Valência, e lá, dedica-se integralmente aos estudos na célebre Universidade de Valência, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Em Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados nos estudos, para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes.
Destaca-se nas ciências liberais, cujo programa era a gramática, dialética, lógica, retórica, aritmética, música, geometria e astronomia. Cursou também filosofia, teologia e assim em 1194, aos vinte e quatro anos, obedecendo às aspirações de seu coração e ao chamado de Deus, tornou-se sacerdote. Foi enviado para a diocese de Osma, onde se distinguiu pela competência e inteligência. Logo foi convidado para auxiliar o rei Afonso VII nos trabalhos diplomáticos do seu governo e também para representar a Santa Sé, em algumas de suas difíceis missões.
Como sacerdote acompanhou o Bispo de Osma e, na viagem, pôde sentir de perto o problema religioso do sul da França e de outras regiões européias, infestadas por grupos religiosos, fanáticos e subversivos, a heresia dos albigenses, ou cátaros.
O papa Inocêncio III enviou-o para lá, junto com Diego de Aceber, seu companheiro, a fim de combater os católicos reencarnacionistas. Mas, devido à morte repentina desse caro amigo, Domingos teve de enfrentar a missão francesa sozinho. E o fez com muita eficiência, usando apenas o seu exemplo de vida e a pregação da verdadeira Palavra de Deus.
Em 1207, em Santa Maria de Prouille, Domingos fundou o primeiro mosteiro feminino da Ordem Segunda, das monjas, destinado às jovens que, devido à carestia, estavam condenadas à vida do pecado.
Domingos decidiu permanecer no sul da França, dedicando-se junto com alguns sacerdotes, na simplicidade e na pobreza, ao ensinamento da Doutrina Cristã.
A santidade de Domingos ganhava cada vez mais fama, atraindo as pessoas que desejavam seguir o seu modelo de apostolado. Foi assim que surgiu o pequeno grupo chamado "Irmãos Pregadores", do qual fazia parte o seu irmão de sangue, o bem-aventurado Manes. Em 1215, a partir dessa irmandade, Domingos decidiu fundar uma Ordem, oferecendo uma nova proposta de evangelização cristã e vida apostólica, cujas características fundamentais eram:
- a espiritualidade sacerdotal com profunda formação teológica;
- o devotamento a Igreja, as almas, ao culto da verdade;
- a vida comunitária como meio ascético de santificação para maior desempenho da vida e ação sacerdotal;
- a espiritualidade apostólica, sobretudo na pregação.
Essa nova Ordem foi apresentada ao papa Inocêncio III em Roma, onde Domingos encontra-se com Francisco de Assis, quando ambos foram ao Papa pedir aprovação de suas ordens recém fundadas, e no mesmo ano, durante o IV Concílio de Latrão, concedeu a primeira aprovação.
No ano seguinte, seu sucessor, o papa Honório III, emitiu a aprovação definitiva, dando-lhe o nome de Ordem dos Frades Predicadores, ou Dominicanos. Eles passaram a ser conhecidos como homens sábios, pobres e austeros, tendo como características essenciais a ciência, a piedade e a pregação.
Em 1217, para atrair a juventude acadêmica para dentro do clero, o fundador determinou que as Casas da Ordem fossem criadas nas principais cidades universitárias da Europa, que na época eram Bolonha e Paris. Ele se fixou na de Bolonha, na Itália, onde se dedicou ao esplêndido desenvolvimento da sua obra, presidindo, entre 1220 e 1221 os dois primeiros capítulos gerais, destinados à redação final da "carta magna" da Ordem.
Domingos era apaixonado pela música, e disto fez uso muitas vezes durante sua vida. No entanto, a grande alegria do jovem Pe. Domingos era caminhar por estradas, bosques e montes, cantando a “Salva Rainha”, meio pelo qual não cessava de louvar e enaltecer a Mãe do Filho de Deus, cantando-lhe as maravilhas dentro de uma poesia rica de lirismo e sentimento, muito próprio de sua época.
Nosso Santo reconhecia o valor dos que se enclausuravam, mas sabia que era também preciso agir, falar, fazer algo para que o Evangelho fosse anunciado. Assim, ele compreendeu a contemplação como meio principal pelo qual se formaria o missionário, o apostolo, através da oração, do estudo e da reflexão. É como se o dominicano fosse um vasilhame que colheu água da fonte para que os outros pudessem depois bebê-la. Por isso é que a Ordem tem por lema: “Dar aos outros o fruto da nossa contemplação”.
São Domingos e o Santo Rosário :
Domingos intensificou suas orações, aumentou suas penitências, porém pouco ou nada adiantaram seus esforços. As conversões eram raras e de efêmera duração. Vários, por pressão do ambiente, voltavam às práticas de seus erros.
Certo dia, São Domingos saiu de seu convento em Toulouse, no sul da França, decidido a obter de Deus as respostas para tantos fracassos. Entrou na floresta e entregou-se a oração e a penitência, disposto a não sair dali sem as devidas respostas. Era ele muito devoto de Maria Santíssima e suas preces subiram até o trono do Altíssimo pelas mãos virginais da Mãe de Deus. Após três dias e três noites de incessante oração, quando as forças físicas já quase o abandonavam, apareceu-lhe a Virgem Maria, manifestando seu afeto maternal e sua grande predileção.
- Meu querido Domingos – disse-lhe Nossa Senhora com inefável suavidade – sabes de que meio se serviu a Santíssima Trindade para transformar o mundo?
- Senhora – respondeu São Domingos – vós sabeis melhor do que eu, porque depois de Vosso Filho Jesus Cristo, fostes vós o principal instrumento de nossa salvação.
- Eu te digo, então – continuou Maria Santíssima – que o instrumento mais importante foi à saudação angélica, ou a Ave Maria, que é o fundamento do Novo Testamento e portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza e propaga o meu Saltério (Minha Coroa de Rosas) .
São Domingos saiu dali com novo ânimo e imediatamente se dirigiu a Catedral de Toulouse para fazer uma pregação. Assim que Domingos começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e uma terrível tempestade abateu-se sobre a cidade.
São Domingos implorou a misericórdia de Deus e a proteção de Maria Santíssima, e por fim a tempestade acalmou, permitindo-lhe que falasse com toda a alma e todo o coração sobre as maravilhas do Rosário.
Os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados, abandonaram seus erros e começaram a rezar o Rosário. Grande foi a mudança dos costumes na cidade.
Domingos tornou-se o Grande Apóstolo do rosário, e por meio do Rosário, Maria foi a verdadeira vencedora, pois ela reconduziu à fé católica todo aquele povo, salvando a França.
- Senhora – respondeu São Domingos – vós sabeis melhor do que eu, porque depois de Vosso Filho Jesus Cristo, fostes vós o principal instrumento de nossa salvação.
- Eu te digo, então – continuou Maria Santíssima – que o instrumento mais importante foi à saudação angélica, ou a Ave Maria, que é o fundamento do Novo Testamento e portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza e propaga o meu Saltério (Minha Coroa de Rosas) .
São Domingos saiu dali com novo ânimo e imediatamente se dirigiu a Catedral de Toulouse para fazer uma pregação. Assim que Domingos começou a falar, nuvens espessas cobriram o céu e uma terrível tempestade abateu-se sobre a cidade.
São Domingos implorou a misericórdia de Deus e a proteção de Maria Santíssima, e por fim a tempestade acalmou, permitindo-lhe que falasse com toda a alma e todo o coração sobre as maravilhas do Rosário.
Os habitantes de Toulouse arrependeram-se de seus pecados, abandonaram seus erros e começaram a rezar o Rosário. Grande foi a mudança dos costumes na cidade.
Domingos tornou-se o Grande Apóstolo do rosário, e por meio do Rosário, Maria foi a verdadeira vencedora, pois ela reconduziu à fé católica todo aquele povo, salvando a França.
Foi São Domingos que compôs o cordão com as continhas, nas quais se rezam Pais-Nossos e Ave-Marias, que são as orações evangélicas. Por isso os dominicanos são tidos como os guardiões do rosário, cujo culto difundem no mundo cristão através dos tempos.
Domindos caminhou incansavelmente por toda a Europa, a pé, pregando o Evangelho, anunciando o Reino de Deus e propagando o Rosário.
No dia 8 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um anos de idade, ele veio a falecer. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234.
São Domingos de Gusmão foi sepultado na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro Perpétuo e defensor dessa cidade.
Domindos caminhou incansavelmente por toda a Europa, a pé, pregando o Evangelho, anunciando o Reino de Deus e propagando o Rosário.
No dia 8 de agosto de 1221, com apenas cinquenta e um anos de idade, ele veio a falecer. Foi canonizado pelo papa Gregório IX, que lhe dedicava especial estima e amizade, em 1234.
São Domingos de Gusmão foi sepultado na catedral de Bolonha e é venerado, no dia de sua morte, como Padroeiro Perpétuo e defensor dessa cidade.
Oremos,
Ó São Domingos, zeloso pregador do Evangelho, que sempre foste sensível diante das misérias alheias, estende até nós as promessas que fizeste aos que choravam a tua derradeira partida, de ajudar-nos lá dos céus com tuas preces.
Ó Deus, que fizestes resplandecer a Vossa Igreja com a obra da pregação de vosso servo São Domingos, concedeis a todos os homens os bens necessários para viveram dignamente, mas sobretudo, abundância de bens espirituais.
Amém
São Domingos de Gusmão, rogai por nós!
Um grande Santo. Belo exemplo, verdadeiro escravo de Nossa Senhora.
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