SEXTA-FEIRA
Santo do dia: Quarenta mártires de Sebaste.
Cor litúrgica do dia: ROXO
Ano "C" - São Lucas.
6ª-feira da 1ª Semana da Quaresma.
Primeira leitura
- Leitura da Profecia de Ezequiel (18,21-28).
Assim fala o Senhor:
21 "Se, no entanto, o mau renuncia a todos os seus erros para praticar as minhas leis e seguir a justiça e a equidade, então ele viverá decerto, e não há de perecer.
22 Não lhe será tomada em conta qualquer das faltas cometidas: ele há de viver por causa da justiça que praticou.
23 Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?
24 E, se um justo abandonar a sua justiça, se praticar o mal e imitar todas as abominações cometidas pelo malvado, viverá ele? Não será tido em conta qualquer dos atos bons que houver praticado. É em razão da infidelidade da qual se tornou culpado e dos pecados que tiver cometido que deverá morrer.
25 Dizeis: não é justo o modo de proceder do Senhor. Escutai-me então, israelitas: o meu modo de proceder não é justo? Não será o vosso que é injusto?
26 Quando um justo renunciar à sua justiça para cometer o mal e ele morrer, então é devido ao mal praticado que ele perece.
27 Quando um malvado renuncia ao mal para praticar a justiça e a equidade, ele faz reviver a sua alma.
28 Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente viverá e não perecerá".
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus
Assim fala o Senhor:
21 "Se, no entanto, o mau renuncia a todos os seus erros para praticar as minhas leis e seguir a justiça e a equidade, então ele viverá decerto, e não há de perecer.
22 Não lhe será tomada em conta qualquer das faltas cometidas: ele há de viver por causa da justiça que praticou.
23 Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?
24 E, se um justo abandonar a sua justiça, se praticar o mal e imitar todas as abominações cometidas pelo malvado, viverá ele? Não será tido em conta qualquer dos atos bons que houver praticado. É em razão da infidelidade da qual se tornou culpado e dos pecados que tiver cometido que deverá morrer.
25 Dizeis: não é justo o modo de proceder do Senhor. Escutai-me então, israelitas: o meu modo de proceder não é justo? Não será o vosso que é injusto?
26 Quando um justo renunciar à sua justiça para cometer o mal e ele morrer, então é devido ao mal praticado que ele perece.
27 Quando um malvado renuncia ao mal para praticar a justiça e a equidade, ele faz reviver a sua alma.
28 Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente viverá e não perecerá".
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus
Salmo Responsorial
(129/130)
R. Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece! R.
Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero. R.
No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora. R.
Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa. R.
Evangelho
(129/130)
R. Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece! R.
Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero. R.
No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora. R.
Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa. R.
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece! R.
Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero. R.
No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora. R.
Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa. R.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (5,20-26)
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
20 "Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.
21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal’.
22 Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: ‘Raca’, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena.
23 Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.
26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo".
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.
Fonte CNBB
- QUARESMA TEMPO DE RECONCILIAÇÃO Mt 5,20-26:
Segundo o Evangelista Mateus, é importante que o homem tenha a consciência de que “A ira do homem não realiza a justiça de Deus” (Tg 1, 20). E que é pela prática da justiça que vem de Deus que a sua vida é restaurada sobre a terra. E isto é tão fundamental que se torna imprescindível na vida existencial do homem e extensivo a todas outras práticas no seu dia a dia para tornar possível a convivência dos homens entre si e entre o meio ambiente.
Ouvistes o que foi dito… Eu, porém vos digo… Jesus não pretende reformar o complexo doutrinal do judaísmo.
Jesus veio nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e nos adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos fariseus. Eles viviam na rigidez da lei e esqueciam de que o maior mandamento da Lei era justamente o amor e que, mais importante que a Lei em si, é o bom relacionamento entre as pessoas. Muitas vezes nós também, como os escribas e os fariseus, nos apegamos ao que a lei nos exorta a não fazer e ficamos alerta para não cometer aquelas faltas que se constituem as mais graves, como matar, roubar, adulterar, ter maus pensamentos, etc.. “Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”.
O desejo primeiro de Deus, ao criar os seres humanos, é que vivam na mais perfeita comunhão, deixando de lado tudo quanto possa dividi-los e separá-los pelo muro da inimizade. O ódio e a divisão constituem flagrante desrespeito à vontade divino.
O homicídio é uma forma incontestável de ruptura com o próximo, culminando com a sua eliminação. Para evitar isto, Deus condenou peremptoriamente esse crime, com o mandamento: “não matarás”.
Todavia, a eliminação física do próximo é antecedida por outros gestos de eliminação de igual gravidade. Por exemplo, a simples irritação contra os outros, as palavras ofensivas contra eles são formas sutis de atentar contra a vida alheia. O discípulo do Reino não pode agir desta maneira.
A Palavra de Deus que Jesus veio esclarecer para nós vai muito mais além do que as coisas que nós praticamos, mas atinge também ao que nós pensamos e falamos ou expressamos a partir do nosso coração. Assim sendo, nós não podemos chamar os nossos irmãos e irmãs nem mesmo de tolos ou idiotas. Quanto ensinamento para nós! A oferta que fazemos ao Senhor será desnecessária, se primeiro não oferecermos a nossa compreensão e perdão às pessoas com as quais nos relacionamos. Enquanto caminhamos aproveitemos o conselho do Mestre para que a nossa justiça seja maior do que a justiça dos “mestres da lei” e dos “fariseus” de hoje. Como é a nossa justiça? O que é justo para Deus? A justiça de Deus é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. E a nossa? Fazemos as nossas ofertas no Altar do Senhor, mas como está o nosso coração? Reflita agora: – Como você trata as pessoas com quem você convive? – Você tem costume de falar mal os seus amigos, suas amigas? – Você o faz de coração? – E quando você faz a sua oferta na hora do ofertório, qual é a sua atitude diante de Jesus?- Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém?
A reverência a Deus passa pelo respeito ao próximo.
Na liturgia de hoje, Jesus exige de mim e de ti, como seus discípulos a reconciliação com seu próximo, antes de fazerem sua oferenda a Deus. Se alguém estava para fazer sua oferta, e se recordava de algum desentendimento com o próximo, deveria deixá-la ao pé do altar, para antes ir reconciliar-se. Caso contrário, a oferta não teria valor perante Deus.
Ele vem revelar que qualquer doutrina ou lei só tem valor à medida que contribua para a libertação e a promoção da vida. Jesus não propõe uma doutrina, mas ensina a prática restauradora da vida. A grande novidade que Jesus me ensina hoje é o perdão sem limites e a reconciliação, que me levam à comunhão de vidas com Deus e com os meus irmãos.
Por isso, quero neste dia ó Senhor Jesus que me ensineis a perdoar os meus irmãos e irmãs para poder estar em comunhão com o Vosso e o meu Deus e com os meus irmãos já aqui na terra.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
Deus os Abençoe!
Paz e Bem.
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus (5,20-26)
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
20 "Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.
21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal’.
22 Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: ‘Raca’, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena.
23 Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.
26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo".
20 "Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.
21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal’.
22 Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: ‘Raca’, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena.
23 Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.
26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo".
Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.
Fonte CNBB
- QUARESMA TEMPO DE RECONCILIAÇÃO Mt 5,20-26:
Segundo o Evangelista Mateus, é importante que o homem tenha a consciência de que “A ira do homem não realiza a justiça de Deus” (Tg 1, 20). E que é pela prática da justiça que vem de Deus que a sua vida é restaurada sobre a terra. E isto é tão fundamental que se torna imprescindível na vida existencial do homem e extensivo a todas outras práticas no seu dia a dia para tornar possível a convivência dos homens entre si e entre o meio ambiente.
Ouvistes o que foi dito… Eu, porém vos digo… Jesus não pretende reformar o complexo doutrinal do judaísmo.
Jesus veio nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e nos adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos fariseus. Eles viviam na rigidez da lei e esqueciam de que o maior mandamento da Lei era justamente o amor e que, mais importante que a Lei em si, é o bom relacionamento entre as pessoas. Muitas vezes nós também, como os escribas e os fariseus, nos apegamos ao que a lei nos exorta a não fazer e ficamos alerta para não cometer aquelas faltas que se constituem as mais graves, como matar, roubar, adulterar, ter maus pensamentos, etc.. “Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”.
O desejo primeiro de Deus, ao criar os seres humanos, é que vivam na mais perfeita comunhão, deixando de lado tudo quanto possa dividi-los e separá-los pelo muro da inimizade. O ódio e a divisão constituem flagrante desrespeito à vontade divino.
O homicídio é uma forma incontestável de ruptura com o próximo, culminando com a sua eliminação. Para evitar isto, Deus condenou peremptoriamente esse crime, com o mandamento: “não matarás”.
Todavia, a eliminação física do próximo é antecedida por outros gestos de eliminação de igual gravidade. Por exemplo, a simples irritação contra os outros, as palavras ofensivas contra eles são formas sutis de atentar contra a vida alheia. O discípulo do Reino não pode agir desta maneira.
A Palavra de Deus que Jesus veio esclarecer para nós vai muito mais além do que as coisas que nós praticamos, mas atinge também ao que nós pensamos e falamos ou expressamos a partir do nosso coração. Assim sendo, nós não podemos chamar os nossos irmãos e irmãs nem mesmo de tolos ou idiotas. Quanto ensinamento para nós! A oferta que fazemos ao Senhor será desnecessária, se primeiro não oferecermos a nossa compreensão e perdão às pessoas com as quais nos relacionamos. Enquanto caminhamos aproveitemos o conselho do Mestre para que a nossa justiça seja maior do que a justiça dos “mestres da lei” e dos “fariseus” de hoje. Como é a nossa justiça? O que é justo para Deus? A justiça de Deus é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. E a nossa? Fazemos as nossas ofertas no Altar do Senhor, mas como está o nosso coração? Reflita agora: – Como você trata as pessoas com quem você convive? – Você tem costume de falar mal os seus amigos, suas amigas? – Você o faz de coração? – E quando você faz a sua oferta na hora do ofertório, qual é a sua atitude diante de Jesus?- Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém?
A reverência a Deus passa pelo respeito ao próximo.
Na liturgia de hoje, Jesus exige de mim e de ti, como seus discípulos a reconciliação com seu próximo, antes de fazerem sua oferenda a Deus. Se alguém estava para fazer sua oferta, e se recordava de algum desentendimento com o próximo, deveria deixá-la ao pé do altar, para antes ir reconciliar-se. Caso contrário, a oferta não teria valor perante Deus.
Ele vem revelar que qualquer doutrina ou lei só tem valor à medida que contribua para a libertação e a promoção da vida. Jesus não propõe uma doutrina, mas ensina a prática restauradora da vida. A grande novidade que Jesus me ensina hoje é o perdão sem limites e a reconciliação, que me levam à comunhão de vidas com Deus e com os meus irmãos.
Por isso, quero neste dia ó Senhor Jesus que me ensineis a perdoar os meus irmãos e irmãs para poder estar em comunhão com o Vosso e o meu Deus e com os meus irmãos já aqui na terra.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
Fonte CNBB
- QUARESMA TEMPO DE RECONCILIAÇÃO Mt 5,20-26:
Segundo o Evangelista Mateus, é importante que o homem tenha a consciência de que “A ira do homem não realiza a justiça de Deus” (Tg 1, 20). E que é pela prática da justiça que vem de Deus que a sua vida é restaurada sobre a terra. E isto é tão fundamental que se torna imprescindível na vida existencial do homem e extensivo a todas outras práticas no seu dia a dia para tornar possível a convivência dos homens entre si e entre o meio ambiente.
Ouvistes o que foi dito… Eu, porém vos digo… Jesus não pretende reformar o complexo doutrinal do judaísmo.
Jesus veio nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e nos adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos fariseus. Eles viviam na rigidez da lei e esqueciam de que o maior mandamento da Lei era justamente o amor e que, mais importante que a Lei em si, é o bom relacionamento entre as pessoas. Muitas vezes nós também, como os escribas e os fariseus, nos apegamos ao que a lei nos exorta a não fazer e ficamos alerta para não cometer aquelas faltas que se constituem as mais graves, como matar, roubar, adulterar, ter maus pensamentos, etc.. “Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”.
O desejo primeiro de Deus, ao criar os seres humanos, é que vivam na mais perfeita comunhão, deixando de lado tudo quanto possa dividi-los e separá-los pelo muro da inimizade. O ódio e a divisão constituem flagrante desrespeito à vontade divino.
O homicídio é uma forma incontestável de ruptura com o próximo, culminando com a sua eliminação. Para evitar isto, Deus condenou peremptoriamente esse crime, com o mandamento: “não matarás”.
Todavia, a eliminação física do próximo é antecedida por outros gestos de eliminação de igual gravidade. Por exemplo, a simples irritação contra os outros, as palavras ofensivas contra eles são formas sutis de atentar contra a vida alheia. O discípulo do Reino não pode agir desta maneira.
A Palavra de Deus que Jesus veio esclarecer para nós vai muito mais além do que as coisas que nós praticamos, mas atinge também ao que nós pensamos e falamos ou expressamos a partir do nosso coração. Assim sendo, nós não podemos chamar os nossos irmãos e irmãs nem mesmo de tolos ou idiotas. Quanto ensinamento para nós! A oferta que fazemos ao Senhor será desnecessária, se primeiro não oferecermos a nossa compreensão e perdão às pessoas com as quais nos relacionamos. Enquanto caminhamos aproveitemos o conselho do Mestre para que a nossa justiça seja maior do que a justiça dos “mestres da lei” e dos “fariseus” de hoje. Como é a nossa justiça? O que é justo para Deus? A justiça de Deus é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. E a nossa? Fazemos as nossas ofertas no Altar do Senhor, mas como está o nosso coração? Reflita agora: – Como você trata as pessoas com quem você convive? – Você tem costume de falar mal os seus amigos, suas amigas? – Você o faz de coração? – E quando você faz a sua oferta na hora do ofertório, qual é a sua atitude diante de Jesus?- Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém?
A reverência a Deus passa pelo respeito ao próximo.
Na liturgia de hoje, Jesus exige de mim e de ti, como seus discípulos a reconciliação com seu próximo, antes de fazerem sua oferenda a Deus. Se alguém estava para fazer sua oferta, e se recordava de algum desentendimento com o próximo, deveria deixá-la ao pé do altar, para antes ir reconciliar-se. Caso contrário, a oferta não teria valor perante Deus.
Ele vem revelar que qualquer doutrina ou lei só tem valor à medida que contribua para a libertação e a promoção da vida. Jesus não propõe uma doutrina, mas ensina a prática restauradora da vida. A grande novidade que Jesus me ensina hoje é o perdão sem limites e a reconciliação, que me levam à comunhão de vidas com Deus e com os meus irmãos.
Por isso, quero neste dia ó Senhor Jesus que me ensineis a perdoar os meus irmãos e irmãs para poder estar em comunhão com o Vosso e o meu Deus e com os meus irmãos já aqui na terra.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
Deus os Abençoe!
- In Corde Jesu, semper.
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