terça-feira, 19 de janeiro de 2016

LITURGIA DO DIA 20/01/2016

QUARTA-FEIRA - 20/01/2016

Ano 
Cor Verde
Primeira Leitura (1Sm 17,32-33.37.40-51)

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.
Naqueles dias, 32Davi foi conduzido a Saul e lhe disse: “Ninguém desanime por causa desse filisteu! Eu, teu servo, lutarei contra ele”. 33Mas Saul ponderou: “Não poderás enfrentar esse filisteu, pois tu és só ainda um jovem, e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade”. 37Davi respondeu: “O Senhor me livrou das garras do leão e das garras do urso. Ele me salvará também das mãos deste filisteu”. Então Saul disse a Davi: “Vai, e que o Senhor esteja contigo”. 40Em seguida, tomou o seu cajado, escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-as no seu alforje de pastor, que lhe servia de bolsa para guardar pedras. Depois, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu.
41Este, que se vinha aproximando mais e mais, precedido do seu escudeiro, 42quando pôde ver bem Davi desprezou-o, porque era muito jovem, ruivo e de bela aparência. 43E lhe disse: “Sou por acaso um cão, para vires a mim com um cajado?” E o filisteu amaldiçoou Davi em nome de seus deuses. 44E acrescentou: “Vem, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!” 45Davi respondeu: “Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor todo-poderoso, o Deus dos exércitos de Israel que tu insultastes! 46Hoje mesmo, o Senhor te entregará em minhas mãos, e te abaterei e te cortarei a cabeça, e darei o teu cadáver e os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra, para que toda a terra saiba que há um Deus em Israel. 47E toda esta multidão de homens conhecerá que não é pela espada nem pela lança que o Senhor concede a vitória; porque o Senhor é o árbitro da guerra, e ele vos entregará em nossas mãos”. 48Logo que o filisteu avançou e marchou em direção a Davi, este saiu das linhas de formação e correu ao encontro do filisteu. 49Davi meteu, então, a mão no alforje, apanhou uma pedra e arremessou-a com a funda, atingindo o filisteu na fronte com tanta força, que a pedra se encravou na sua testa e o gigante tombou com o rosto em terra.
50E assim Davi venceu o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. 51E, como não tinha espada na mão, correu para o filisteu, chegou junto dele, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu guerreiro mais valente, os filisteus fugiram.

- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial (Sl 143)

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.

Evangelho (Mc 3,1-6)

— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.

— Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.

Homilia 


    No combate, que o texto nos descreve, mais do que dois homens, David e Golias, enfrentam-se duas teses, duas políticas: a tese da política da fé contra a tese da política da força e da técnica humanas. É significativa a descrição de Golias, filisteu, povo que já dominava a força dos metais e fabricava armas desse tipo. David, pelo contrário, incapaz de usar essas armas, enfrenta Golias «em nome do Senhor» (v. 45).
    «Uns confiam nos carros, outros nos cavalos: nós confiamos no nome do Senhor, nosso Deus» (cf. Sl 20, 8). Confiar em Deus, mais do que nos homens e nos meios humanos é um tema recorrente na Bíblia. O nosso texto realça a fé de David que enfrenta uma situação ignominiosa para o povo e para a fé em Deus; a impotência do rapaz, mas também a sua fé na Providência divina, já tantas vezes experimentada; o conteúdo religioso do desafio que é o confronto entre os deuses e o único Deus verdadeiro. Assim se conclui que a verdadeira fé pode enfrentar e desfazer as mais ameaçadoras dificuldades. Tudo isto coincide com a chamada doutrina da pobreza espiritual, já formulada por S. Paulo: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.» De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Por isso me comprazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 9-10).
    O texto que a liturgia nos propõe hoje contém a quinta e última polêmica de Jesus com os seus adversários. No fundo é uma reafirmação de que o Evangelho transcende toda a «ordem estabelecida», e que ela deve ser relativizada quando não concorrer para o bem do homem.
    O clima está cada vez mais carregado: Jesus mostra indignação e amargura; os seus interlocutores revelam obstinação e astúcia e tramam a morte de Jesus (v. 6). Mas o Senhor não se deixa intimidar. Continua fielmente o seu serviço profético, insistindo numa instituição sabática que sirva o homem. É um drama que se irá repetir muitas vezes até ao fim. Fazer bem ao homem, exigirá a Deus o preço da eliminação do seu Filho.
    Num mundo que nos enche de angústias e nos torna muitas vezes pessimistas, porque nos parece que “tudo... jaz sob o poder do maligno” (1 Jo 5, 19), Cristo, “Homem novo” (Ef 4, 24) dá-nos coragem, ilumina-nos, pacifica-nos e dá-nos alegria (Cf. Jo 20, 20-21), porque n´Ele, “apesar do pecado, dos fracassos e da injustiça, a redenção é possível, oferecida e já está presente (Cst. 12).
    Insistimos sobretudo na convicção de que «está presente». “Corramos com perseverança a carreira que nos é proposta, com os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da fé” (Heb 12, 1-2), que deu a Sua vida por nós e, agora, glorioso, intercede por nós junto do Pai (Cf. Heb 7, 25). E Jesus não faltará às Suas promessas: “Não vos deixarei órfãos...” (Jo 14, 18).

Deus os abençoe!

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