No século XII, uma
família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que,
desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi
crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término
deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco
sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.
No período de São Pedro Nolasco, muitos
cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só
viviam uma outra religião (ou religião nenhuma), como atrapalhavam os
cristãos.
São Pedro Nolasco, tendo terminado os
estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a
Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos
cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para
o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo
uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade
da Igreja e dos cristãos.
Mais tarde, fez o voto de castidade, de
pobreza e obediência, foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem
das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus
que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.
Após tomar parte nas cruzadas contra os
hereges Albigensianos no sul da França, tornou-se o tutor do Rei James I de
Aragon (1213-1276) e radicou-se em Barcelona.
Após uma visão (também experimentada por
São Raymond de Peñhafort e pelo Rei James) Pedro decidiu fundar uma congregação
religiosa dedicada a resgatar escravos cristãos dos mouros, passando a conhecer
São Raymond de Peñhafort e em 1218 com o apoio do Rei James I fundaram a Ordem
dos Mercedarianos (em homenagem a Nossa Senhora das Mercês).
Com a aprovação da Ordem pelo bispo Dom
Benrengarius de Barcelona e mais tarde pelo Papa Gregório IX em 1235 passaram a
enviar missionários da Nova ordem fundada para tentar resgatar a prisioneiros
cristãos e pedir aos mais abastados, jóias, ouro e moedas para trocarem pelos
presos e devotos.
Alem dos três votos necessários a um
religioso os “mercedarianos” tinham ainda o quarto voto que era o de se trocar
por um outro escravo preso, se fosse o caso. A não ser isto, as regras eram as
mesmas da Ordem de Santo Agostinho.
Pedro ficou preso por uns tempos na
Argélia para servir como prisioneiro em lugar de um outro cristão e durante sua
jornada para Granada e Valência conseguiu libertar das prisões mouras cerca de
400 cristãos cativos. Aposentado-se em 1249 devido a sua saúde, foi substituído
como Prior da Ordem por William de Bars.
Diz ainda a tradição que ele teria tido
uma visão de São Pedro, o apóstolo crucificado de cabeça para baixo. Partiu
para a eternidade murmurando o salmo “O Senhor remiu seu povo”. São Pedro
Nolasco foi canonizado em 1628 pelo Papa Urbano VIII.
Na arte litúrgica São Pedro de Nolasco é
apresentado como um velho homem com o habito branco do Mercedariano, com as
armas de Aragão no peito, segurando um sino com a imagem da Virgem, o rei vendo
um grande sino com a imagem da virgem, a Virgem dando a ele o escapulário,
segurando uma corrente com vários escravos, sob a visão do céu dado a ele por
um anjo e na visão de São Pedro crucificado de cabeça para baixo.
Oração: São
Pedro Nolasco, concedei-nos tua coragem, tua força e teus talentos para que
possamos socorrer os que sofrem opressão. Assim como destes tudo de vós para
resgatar os cristãos dos cárceres, intercedei junto a Deus por nós, para
sejamos libertos de todas as escravidões aos espíritos do mal, que
desgraçadamente por tantas vezes ainda servimos. Por Cristo Nosso Senhor.
Amém.
Devoção: Proteção
aos cristãos, combate às heresias.
Padroeiro: Dos
cristãos prisioneiros e perseguidos.
São Pedro Nolasco, rogai por nós.
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