QUARTA-FEIRA - 16/03/2016
Ano: C
Cor litúrgica do dia: ROXO
Anos Pares
Tempo Comum
Primeira leitura:
- Leitura da Profecia de Daniel 3,14-20.24.49a.91-92.95
Naqueles dias:
14 O rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse:
'É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago,
que não prestais culto a meus deuses
e não adorais a estátua de ouro
que mandei erguer?
15 E agora, quando ouvirdes tocar trombeta,
flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas,
e toda espécie de instrumentos,
estais prontos a prostrar-vos
e adorar a estátua que mandei fazer?
Mas, se não fizerdes adoração,
no mesmo instante
sereis atirados na fornalha de fogo ardente;
e qual é o deus
que poderá libertar-vos de minhas mãos?
16 Sidrac, Misac e Abdênago
responderam ao rei Nabucodonosor:
'Não há necessidade de te respondermos sobre isto:
17 se o nosso Deus, a quem rendemos culto,
pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente,
ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei.
18 Mas, se ele não quiser libertar-nos,
fica sabendo, ó rei,
que nós não prestaremos culto a teus deuses
e tampouco adoraremos a estátua de ouro
que mandaste fazer'.
19 A estas palavras,
Nabucodonosor encheu-se de cólera
contra Sidrac, Misac e Abdênago,
a ponto de se alterar a expressão do rosto;
deu ordem para acender a fornalha
com sete vezes mais fogo que de costume;
20 e encarregou os soldados mais fortes do exército
para amarrarem Sidrac, Misac e Adbênago
e os lançarem na fornalha de fogo ardente.
24 Os três jovens andavam de cá para lá
no meio das chamas,
entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor.
49a Mas o anjo do Senhor
tinha descido simultaneamente na fornalha
para junto de Azarias e seus companheiros.
91 O rei Nabucodonosor,
tomado de pasmo, levantou-se apressadamente,
e perguntou a seus ministros:
'Porventura, não lançamos três homens bem amarrados
no meio do fogo?'
Responderam ao rei:
'É verdade, ó rei'.
92 Disse este:
'Mas eu estou vendo quatro homens
andando livremente no meio do fogo,
sem sofrerem nenhum mal,
e o aspecto do quarto homem
é semelhante ao de um filho de Deus.'
95 Exclamou Nabucodonosor:
'Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago,
que enviou seu anjo e libertou seus servos,
que puseram nele sua confiança
e transgrediram o decreto do rei,
preferindo entregar suas vidas
a servir e adorar qualquer outro Deus
que não fosse o seu Deus.
Naqueles dias:
14 O rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse:
'É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago,
que não prestais culto a meus deuses
e não adorais a estátua de ouro
que mandei erguer?
15 E agora, quando ouvirdes tocar trombeta,
flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas,
e toda espécie de instrumentos,
estais prontos a prostrar-vos
e adorar a estátua que mandei fazer?
Mas, se não fizerdes adoração,
no mesmo instante
sereis atirados na fornalha de fogo ardente;
e qual é o deus
que poderá libertar-vos de minhas mãos?
16 Sidrac, Misac e Abdênago
responderam ao rei Nabucodonosor:
'Não há necessidade de te respondermos sobre isto:
17 se o nosso Deus, a quem rendemos culto,
pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente,
ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei.
18 Mas, se ele não quiser libertar-nos,
fica sabendo, ó rei,
que nós não prestaremos culto a teus deuses
e tampouco adoraremos a estátua de ouro
que mandaste fazer'.
19 A estas palavras,
Nabucodonosor encheu-se de cólera
contra Sidrac, Misac e Abdênago,
a ponto de se alterar a expressão do rosto;
deu ordem para acender a fornalha
com sete vezes mais fogo que de costume;
20 e encarregou os soldados mais fortes do exército
para amarrarem Sidrac, Misac e Adbênago
e os lançarem na fornalha de fogo ardente.
24 Os três jovens andavam de cá para lá
no meio das chamas,
entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor.
49a Mas o anjo do Senhor
tinha descido simultaneamente na fornalha
para junto de Azarias e seus companheiros.
91 O rei Nabucodonosor,
tomado de pasmo, levantou-se apressadamente,
e perguntou a seus ministros:
'Porventura, não lançamos três homens bem amarrados
no meio do fogo?'
Responderam ao rei:
'É verdade, ó rei'.
92 Disse este:
'Mas eu estou vendo quatro homens
andando livremente no meio do fogo,
sem sofrerem nenhum mal,
e o aspecto do quarto homem
é semelhante ao de um filho de Deus.'
95 Exclamou Nabucodonosor:
'Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago,
que enviou seu anjo e libertou seus servos,
que puseram nele sua confiança
e transgrediram o decreto do rei,
preferindo entregar suas vidas
a servir e adorar qualquer outro Deus
que não fosse o seu Deus.
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus.
Salmo Responsorial
(Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b))
R. A vós louvor, honra e glória eternamente!
52 Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.*
Sede bendito, nome santo e glorioso. R.
53 No templo santo onde refulge a vossa glória.R.
54 E em vosso trono de poder vitorioso. R.
55 Sede bendito, que sondais as profundezas*
e superior aos querubins vos assentais. R.
56 Sede bendito no celeste firmamento. R.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8,31-42
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo:
31 Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado:
'Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos,
32 e conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará.'
33 Responderam eles:
'Somos descendentes de Abraão,
e nunca fomos escravos de ninguém.
Como podes dizer:
`Vós vos tornareis livres'?'
34 Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade vos digo,
todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.
35 O escravo não permanece para sempre numa família,
mas o filho permanece nela para sempre.
36 Se, pois, o Filho vos libertar,
sereis verdadeiramente livres.
37 Bem sei que sois descendentes de Abraão;
no entanto, procurais matar-me,
porque a minha palavra não é acolhida por vós.
38 Eu falo o que vi junto do Pai;
e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai.'
39 Eles responderam então:
'O nosso pai é Abraão.'
Disse-lhes Jesus:
'Se sois filhos de Abraão,
praticai as obras de Abraão!
40 Mas agora, vós procurais matar-me, a mim,
que vos falei a verdade
que ouvi de Deus.
Isto, Abraão não o fez.
41 Vós fazeis as obras do vosso pai.'
Disseram-lhe, então:
'Nós não nascemos do adultério,
temos um só pai: Deus.'
42 Respondeu-lhes Jesus:
'Se Deus fosse vosso Pai,
vós certamente me amaríeis,
porque de Deus é que eu saí, e vim.
Não vim por mim mesmo,
mas foi Ele que me enviou.
— Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
O Evangelho de hoje dentre tantas coisas que nos traça está o caminho da santidade que passa pelo seguimento a Cristo. Fazer-se seus discípulos, isto é, o caminho da santidade é na realidade um caminho na verdade e na liberdade. De fato, Jesus diz: “Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á”.
Propor a santidade de vida mais não é do que propor o caminho da verdade e da liberdade.
À luz da fé, a santidade é vida na verdade total não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; tem em consideração tanto a realidade terrena como a sobrenatural; contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade considerando todos os aspectos da própria existência.
O aspecto mais importante é que aquele que deseja a santidade abre-se a Deus que é o bem supremo e a fonte da verdade. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Depois da sua morte e ressurreição, prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito de verdade” (Jo 16, 13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16, 13). Rezou ao Pai pelos seus discípulos: “Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade” (Jo 17, 17; ). Diante de Pilatos disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Seguindo radicalmente Cristo, caminhamos na verdade, na verdade total, na verdade que não desilude (cf. Rm 9, 33).
A santidade de vida e a abertura à graça ajudam-nos na realidade a compreender mais profundamente as verdades de Deus. São Paulo justamente escreve: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1 Cor 2, 14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1 Jo 3, 6). Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela graça. Só a experiência do silencio e da oração oferece o horizonte adequado no qual pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente do mistério de Deus. Por este motivo com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz da verdade de Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.
Sim, o caminho da santidade é um caminho na verdade, na verdade total.
No Evangelho, Jesus diz também que “a verdade libertar-vos-á”. O Mestre Divino fala aqui da liberdade verdadeira, espiritual. Na realidade, o caminho na verdade, isto é, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Ajuda-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos ou a permanecermos escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado, mas estimula-nos e torna-nos capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.
Jesus, no Evangelho de hoje responde aos Judeus de maneira clara: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que hoje são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres. Não são livres de desejar os valores maiores. Contudo, quem de nós não experimentou e não experimenta em maior ou menor medida a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal depois escreveu com convicção: “Ouso dizer que na medida em que servimos a Deus somos livres, enquanto que na medida em que servimos a lei do pecado somos escravos”.
Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente através da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isto de maneira clara no Evangelho que ouvimos: “Por conseguinte, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. Portanto, seremos verdadeiramente livres, se o Filho nos libertar!
O caminho da santidade é um caminho para a liberdade, a liberdade verdadeira, espiritual, que pode manifestar-se “até em condições de constrição exterior como nos ensina o papa João Paulo II, na carta Encíclica Redemptor hominis, 12. A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação à verdade […] a toda a verdade acerca do homem e do mundo” Continua sua santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: “a verdade libertar-vos-á”.
Peçamos ao Senhor que nos ajude, a saber, aceitar seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida quotidiana, que mais não é que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe,
Paz e Bem.
- in Corde Jesu, semper.
(Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b))
R. A vós louvor, honra e glória eternamente!
52 Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.*
Sede bendito, nome santo e glorioso. R.
53 No templo santo onde refulge a vossa glória.R.
54 E em vosso trono de poder vitorioso. R.
55 Sede bendito, que sondais as profundezas*
e superior aos querubins vos assentais. R.
56 Sede bendito no celeste firmamento. R.
Sede bendito, nome santo e glorioso. R.
53 No templo santo onde refulge a vossa glória.R.
54 E em vosso trono de poder vitorioso. R.
55 Sede bendito, que sondais as profundezas*
e superior aos querubins vos assentais. R.
56 Sede bendito no celeste firmamento. R.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 8,31-42
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo:
31 Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado:
'Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos,
32 e conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará.'
33 Responderam eles:
'Somos descendentes de Abraão,
e nunca fomos escravos de ninguém.
Como podes dizer:
`Vós vos tornareis livres'?'
34 Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade vos digo,
todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.
35 O escravo não permanece para sempre numa família,
mas o filho permanece nela para sempre.
36 Se, pois, o Filho vos libertar,
sereis verdadeiramente livres.
37 Bem sei que sois descendentes de Abraão;
no entanto, procurais matar-me,
porque a minha palavra não é acolhida por vós.
38 Eu falo o que vi junto do Pai;
e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai.'
39 Eles responderam então:
'O nosso pai é Abraão.'
Disse-lhes Jesus:
'Se sois filhos de Abraão,
praticai as obras de Abraão!
40 Mas agora, vós procurais matar-me, a mim,
que vos falei a verdade
que ouvi de Deus.
Isto, Abraão não o fez.
41 Vós fazeis as obras do vosso pai.'
Disseram-lhe, então:
'Nós não nascemos do adultério,
temos um só pai: Deus.'
42 Respondeu-lhes Jesus:
'Se Deus fosse vosso Pai,
vós certamente me amaríeis,
porque de Deus é que eu saí, e vim.
Não vim por mim mesmo,
mas foi Ele que me enviou.
31 Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado:
'Se permanecerdes na minha palavra,
sereis verdadeiramente meus discípulos,
32 e conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará.'
33 Responderam eles:
'Somos descendentes de Abraão,
e nunca fomos escravos de ninguém.
Como podes dizer:
`Vós vos tornareis livres'?'
34 Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade vos digo,
todo aquele que comete pecado é escravo do pecado.
35 O escravo não permanece para sempre numa família,
mas o filho permanece nela para sempre.
36 Se, pois, o Filho vos libertar,
sereis verdadeiramente livres.
37 Bem sei que sois descendentes de Abraão;
no entanto, procurais matar-me,
porque a minha palavra não é acolhida por vós.
38 Eu falo o que vi junto do Pai;
e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai.'
39 Eles responderam então:
'O nosso pai é Abraão.'
Disse-lhes Jesus:
'Se sois filhos de Abraão,
praticai as obras de Abraão!
40 Mas agora, vós procurais matar-me, a mim,
que vos falei a verdade
que ouvi de Deus.
Isto, Abraão não o fez.
41 Vós fazeis as obras do vosso pai.'
Disseram-lhe, então:
'Nós não nascemos do adultério,
temos um só pai: Deus.'
42 Respondeu-lhes Jesus:
'Se Deus fosse vosso Pai,
vós certamente me amaríeis,
porque de Deus é que eu saí, e vim.
Não vim por mim mesmo,
mas foi Ele que me enviou.
O Evangelho de hoje dentre tantas coisas que nos traça está o caminho da santidade que passa pelo seguimento a Cristo. Fazer-se seus discípulos, isto é, o caminho da santidade é na realidade um caminho na verdade e na liberdade. De fato, Jesus diz: “Se permanecerdes fiéis à minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á”.
Propor a santidade de vida mais não é do que propor o caminho da verdade e da liberdade.
À luz da fé, a santidade é vida na verdade total não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; tem em consideração tanto a realidade terrena como a sobrenatural; contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade considerando todos os aspectos da própria existência.
O aspecto mais importante é que aquele que deseja a santidade abre-se a Deus que é o bem supremo e a fonte da verdade. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Depois da sua morte e ressurreição, prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito de verdade” (Jo 16, 13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16, 13). Rezou ao Pai pelos seus discípulos: “Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade” (Jo 17, 17; ). Diante de Pilatos disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Seguindo radicalmente Cristo, caminhamos na verdade, na verdade total, na verdade que não desilude (cf. Rm 9, 33).
A santidade de vida e a abertura à graça ajudam-nos na realidade a compreender mais profundamente as verdades de Deus. São Paulo justamente escreve: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1 Cor 2, 14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1 Jo 3, 6). Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela graça. Só a experiência do silencio e da oração oferece o horizonte adequado no qual pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente do mistério de Deus. Por este motivo com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz da verdade de Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.
Sim, o caminho da santidade é um caminho na verdade, na verdade total.
No Evangelho, Jesus diz também que “a verdade libertar-vos-á”. O Mestre Divino fala aqui da liberdade verdadeira, espiritual. Na realidade, o caminho na verdade, isto é, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Ajuda-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos ou a permanecermos escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado, mas estimula-nos e torna-nos capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.
Jesus, no Evangelho de hoje responde aos Judeus de maneira clara: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que hoje são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres. Não são livres de desejar os valores maiores. Contudo, quem de nós não experimentou e não experimenta em maior ou menor medida a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal depois escreveu com convicção: “Ouso dizer que na medida em que servimos a Deus somos livres, enquanto que na medida em que servimos a lei do pecado somos escravos”.
Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente através da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isto de maneira clara no Evangelho que ouvimos: “Por conseguinte, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. Portanto, seremos verdadeiramente livres, se o Filho nos libertar!
O caminho da santidade é um caminho para a liberdade, a liberdade verdadeira, espiritual, que pode manifestar-se “até em condições de constrição exterior como nos ensina o papa João Paulo II, na carta Encíclica Redemptor hominis, 12. A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação à verdade […] a toda a verdade acerca do homem e do mundo” Continua sua santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: “a verdade libertar-vos-á”.
Peçamos ao Senhor que nos ajude, a saber, aceitar seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida quotidiana, que mais não é que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.
Fonte Canção Nova
Propor a santidade de vida mais não é do que propor o caminho da verdade e da liberdade.
À luz da fé, a santidade é vida na verdade total não limitada às realidades materiais ou apenas à vida terrena. Com efeito, o santo tem em consideração tanto os bens materiais como os espirituais; tem em consideração tanto a realidade terrena como a sobrenatural; contempla a própria vida não apenas na perspectiva temporal, mas também eterna. Por outras palavras, o santo vive na verdade considerando todos os aspectos da própria existência.
O aspecto mais importante é que aquele que deseja a santidade abre-se a Deus que é o bem supremo e a fonte da verdade. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14, 6). Depois da sua morte e ressurreição, prometeu que nos enviaria o Espírito Santo como “o Espírito de verdade” (Jo 16, 13), que nos “guiaria à verdade total” (Jo 16, 13). Rezou ao Pai pelos seus discípulos: “Consagra-os na verdade. A tua palavra é verdade” (Jo 17, 17; ). Diante de Pilatos disse: “Foi por isso que nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Seguindo radicalmente Cristo, caminhamos na verdade, na verdade total, na verdade que não desilude (cf. Rm 9, 33).
A santidade de vida e a abertura à graça ajudam-nos na realidade a compreender mais profundamente as verdades de Deus. São Paulo justamente escreve: “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus; para ele são loucura, e não é capaz de as compreender” (1 Cor 2, 14). Ou ainda: “Todo aquele que peca não viu Deus nem o conheceu” (1 Jo 3, 6). Não alcançamos a contemplação plena do rosto do Senhor unicamente com as nossas forças, mas deixando-nos guiar pela graça. Só a experiência do silencio e da oração oferece o horizonte adequado no qual pode maturar e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente do mistério de Deus. Por este motivo com frequência nos surpreende a compreensão perspicaz da verdade de Deus que os santos demonstram, mesmo os que não fizeram muitos estudos.
Sim, o caminho da santidade é um caminho na verdade, na verdade total.
No Evangelho, Jesus diz também que “a verdade libertar-vos-á”. O Mestre Divino fala aqui da liberdade verdadeira, espiritual. Na realidade, o caminho na verdade, isto é, o olhar sobre todos os aspectos da nossa existência, ajuda-nos a encontrar uma justa escala de valores. Ajuda-nos, por conseguinte, a não nos tornarmos ou a permanecermos escravos dos bens materiais e das nossas concupiscências, dos vícios, do pecado, mas estimula-nos e torna-nos capazes de desejar os valores mais importantes, indestrutíveis, perenes.
Jesus, no Evangelho de hoje responde aos Judeus de maneira clara: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que cometer pecado é escravo do pecado”. Vem à nossa mente tantos jovens que hoje são escravos da droga, do sexo, do prazer, do dinheiro, do orgulho, da preguiça, da inveja, etc. Não são livres. Não são livres de desejar os valores maiores. Contudo, quem de nós não experimentou e não experimenta em maior ou menor medida a escravidão de vários vícios e debilidades? Santo Agostinho que depois de uma vida tão libertina teve que se esforçar bastante para encontrar esta liberdade espiritual, isto é, para partir as correntes dos seus maus hábitos e da paixão carnal depois escreveu com convicção: “Ouso dizer que na medida em que servimos a Deus somos livres, enquanto que na medida em que servimos a lei do pecado somos escravos”.
Santo Agostinho também tinha a consciência de que a liberdade espiritual não se alcança plenamente com as próprias forças, mas unicamente através da graça, da ajuda do Senhor. Contudo, Jesus afirma isto de maneira clara no Evangelho que ouvimos: “Por conseguinte, se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. Portanto, seremos verdadeiramente livres, se o Filho nos libertar!
O caminho da santidade é um caminho para a liberdade, a liberdade verdadeira, espiritual, que pode manifestar-se “até em condições de constrição exterior como nos ensina o papa João Paulo II, na carta Encíclica Redemptor hominis, 12. A condição da sua autenticidade é “a exigência de uma relação honesta em relação à verdade […] a toda a verdade acerca do homem e do mundo” Continua sua santidade. Assim, voltam à nossa mente as palavras de Jesus no Evangelho de hoje: “a verdade libertar-vos-á”.
Peçamos ao Senhor que nos ajude, a saber, aceitar seriamente o convite à santidade nas nossas condições de vida quotidiana, que mais não é que um convite a caminhar na verdade total e na liberdade autêntica.
Fonte Canção Nova
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