sábado, 3 de setembro de 2016

LITURGIA DO DIA 04/09/2016 - Domingo - "Vós fostes, Ó Senhor, um refúgio para nós."

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DOMINGO

Ano: C

Santo do dia: Santa Rosália.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Anos Pares

23ª Domingo do Tempo Comum.


Primeira leitura  



Leitura do Livro da Sabedoria (9,13-18 (gr.13-18b))

13 Qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus?
Ou quem pode imaginar o desígnio do Senhor?
14 Na verdade, os pensamentos dos mortais são tímidos
e nossas reflexões incertas:
15 porque o corpo corruptível torna pesada a alma
e, tenda de argila, oprime a mente que pensa.
16 Mal podemos conhecer o que há na terra,
e com muito custo compreendemos
o que está ao alcance de nossas mãos;
quem, portanto, investigará o que há nos céus?
17 Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio,
sem que lhe desses Sabedoria
e do alto lhe enviasses teu santo espírito?
18 Só assim se tornaram retos
os caminhos dos que estão na terra,
e os homens aprenderam o que te agrada,
e pela Sabedoria foram salvos'.
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Sl 89,3-6.12-14 17 (R.1))


R.Vós fostes, Ó Senhor, um refúgio para nós. 

3 Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,*
quando dizeis: 'Voltai ao pó, filhos de Adão!'
4 Pois mil anos para vós são como ontem,*
qual vigília de uma noite que passou.   R.

5 Eles passam como o sono da manhã,*
6 são iguais à erva verde pelos campos:
De manhã ela floresce vicejante,*
mas à tarde é cortada e logo seca.   R.

12 Ensinai-nos a contar os nossos dias,*
e dai ao nosso coração sabedoria!
13 Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? 
Tende piedade e compaixão de vossos servos!   R.

14 Saciai-nos de manhã com vosso amor,*
e exultaremos de alegria todo o dia!
17 Que a bondade do Senhor e nosso Deus
repouse sobre nós e nos conduza!*
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.   R.

Segunda leitura 

Leitura da Carta de São Paulo a Filêmon (9b-10.12-17)

Caríssimo:
9b Eu, Paulo, velho como estou
e agora também prisioneiro de Cristo Jesus,
10 faço-te um pedido em favor do meu filho
que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo.
12 Eu o estou mandando de volta para ti.
Ele é como se fosse o meu próprio coração.
13 Gostaria de tê-lo comigo,
a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim
nesta prisão, que eu devo ao evangelho.
14 Mas, eu não quis fazer nada sem o teu parecer,
para que a tua bondade não seja forçada,
mas espontânea.
15 Se ele te foi retirado por algum tempo,
talvez seja para que o tenhas de volta para sempre,
16 já não como escravo,
mas, muito mais do que isso, como um irmão querido,
muitíssimo querido para mim
quanto mais ele o for para ti,
tanto como pessoa humana quanto como irmão no Senhor.
17 Assim, se estás em comunhão de fé comigo,
recebe-o como se fosse a mim mesmo.
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (14,25-33)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo:
25 Grandes multidões acompanhavam Jesus.
Voltando-se, ele lhes disse:
26 'Se alguém vem a mim, mas não se desapega
de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos,
seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida,
não pode ser meu discípulo.
27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim,
não pode ser meu discípulo.
28 Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre,
não se senta primeiro e calcula os gastos,
para ver se tem o suficiente para terminar?
Caso contrário,
29 ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar.
E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo:
30 'Este homem começou a construir
e não foi capaz de acabar!'
31 Ou ainda:
Qual o rei que ao sair para guerrear com outro,
não se senta primeiro e examina bem
se com dez mil homens poderá enfrentar o outro
que marcha contra ele com vinte mil?
32 Se ele vê que não pode,
enquanto o outro rei ainda está longe,
envia mensageiros para negociar as condições de paz.
33 Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós,
se não renunciar a tudo o que tem,
não pode ser meu discípulo!'
—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Quais são então, na perspectiva de Jesus, as exigências fundamentais para quem quer seguir o “caminho do discípulo” e chegar a sentar-se à mesa do “Reino”? Jesus põe três exigências, todas elas subordinadas ao tema da renúncia.
A primeira exige o preferir Jesus à própria família (vers. 26). A este propósito, Lucas põe na boca de Jesus uma expressão muito forte. Literalmente, podemos traduzir o verbo “misséô” aqui utilizado como “odiar” (“quem não odeia o pai, a mãe… não pode ser meu discípulo”). Para ser discípulo, é preciso odiar alguém? Não. Segundo a maneira oriental de falar, “odiar” significa “pôr em segundo lugar algo porque, entretanto, apareceu na vida da pessoa um valor que ainda é mais importante”. É evidente que Jesus não está a pedir o ódio a ninguém, muito menos a esses a quem nos ligam laços de amor… Está, sim, a exigir que as relações familiares não nos impeçam de aderir ao “Reino”. Se for necessário escolher, a prioridade deve ser do “Reino”.
A segunda exige a renúncia à própria vida (vers. 27). O discípulo de Jesus não pode viver a fazer opções egoístas, colocando em primeiro lugar os seus interesses, os seus esquemas, aquilo que é melhor para ele; mas tem de colocar a sua vida ao serviço do “Reino” e fazer da sua vida um dom de amor aos irmãos, se necessário até à morte. Foi esse, de fato, o caminho de Jesus; e o discípulo é convidado a imitar o mestre.
A terceira exige a renúncia aos bens (vers. 33). Jesus sabe que os bens podem facilmente transformar-se em deuses, tornando-se uma prioridade, escravizando o homem e levando-o a viver em função deles; assim sendo, que espaço fica para o “Reino”? Por outro lado, dar prioridade aos bens significa viver de forma egoísta, esquecendo as necessidades dos irmãos; ora, viver na dinâmica do “Reino” implica viver no amor e deixar que a vida seja dirigida por uma lógica de amor e de partilha… Pode, então, viver-se no “Reino” sem renunciar aos bens?
Com este rol de exigências, fica claro que a opção pelo “Reino” não é um caminho de facilidade e, por isso, talvez não seja um caminho que todos aceitem seguir. É por isso que Jesus recomenda o pesar bem as implicações e as consequências da opção pelo “Reino”. A parábola do homem que, antes de construir uma torre, pensa se tem com que terminá-la (vers. 28-30) e a parábola do rei que, antes de partir para a guerra, pensa se pode opor-se a outro rei com forças superiores (vers. 31-32) convidam os candidatos a discípulos tomar consciência da sua força, da sua vontade, da sua decisão em corresponder aos desafios do Evangelho e em assumir, com radicalidade, as exigências do “Reino”.
• Jesus não é um demagogo que faz promessas fáceis e cuja preocupação é juntar adeptos ou atrair multidões a qualquer preço. Ele é o Deus que veio ao nosso encontro com uma proposta de salvação, de vida plena; no entanto, essa proposta implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes” ou “meias tintas”. O caminho que Jesus propõe não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem séria e conscientemente essa opção. Como é que eu me situo face a isto? O projeto de Jesus é, para mim, uma opção radical, que eu abracei com convicção e a tempo inteiro ou um projeto em que eu vou estando, sem grande esforço ou compromisso, por inércia, por comodismo, por tradição?
Fonte Dehonianos
Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper. 

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