terça-feira, 6 de setembro de 2016

LITURGIA DO DIA 07/09/2016 - "Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!"

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QUARTA-FEIRA

Santo do dia: Beato Vicente de Santo Antônio.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Anos Pares

23ª Semana do Tempo Comum.


Primeira leitura  


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (7,25-31)

Irmãos: 
25 A respeito das pessoas solteiras, 
não tenho nenhum mandamento do Senhor. 
Mas, como alguém que, por misericórdia de Deus, 
merece confiança, dou uma opinião: 
26 Penso que, em razão das angústias presentes, 
é vantajoso não se casar, 
é bom cada qual estar assim. 
27 Estás ligado a uma mulher? 
Não procures desligar-te. 
Não estás ligado a nenhuma mulher? 
Não procures ligar-te. 
28 Se, porém, casares, não pecas. 
E, se a virgem se casar, não peca. 
Mas as pessoas casadas terão as tribulações 
da vida matrimonial; 
e eu gostaria de poupar-vos isso. 
29 Eu digo, irmãos: o tempo está abreviado. 
Então, que, doravante, os que têm mulher 
vivam como se não tivessem mulher; 
30 e os que choram, 
como se não chorassem, 
e os que estão alegres, 
como se não estivessem alegres, 
e os que fazem compras, 
como se não possuíssem coisa alguma; 
31 e os que usam do mundo, 
como se dele não estivessem gozando. 
Pois a figura deste mundo passa. 
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Sl 44 (45),11-12. 14-17 (R.11a))

R. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto!

11 Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: * 
'Esquecei vosso povo e a casa paterna! 
12 Que o Rei se encante com vossa beleza! * 
Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!   R.

14 Majestosa, a princesa real vem chegando, * 
vestida de ricos brocados de ouro. 
15 Em vestes vistosas ao Rei se dirige, * 
e as virgens amigas lhe formam cortejo.   R.

16 entre cantos de festa e com grande alegria, * 
ingressam, então, no palácio real'. 
17 Deixareis vossos pais, mas tereis muitos filhos; * 
fareis deles os reis soberanos da terra.   R. 

Evangelho

— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (6,20-26)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo: 
20 Jesus levantando os olhos para os seus discípulos, disse: 
'Bem-aventurados vós, os pobres, 
porque vosso é o Reino de Deus! 
21 Bem-aventurados, vós que agora tendes fome, 
porque sereis saciados! 
Bem-aventurados vós, que agora chorais, 
porque havereis de rir! 
22 Bem-aventurados, sereis quando os homens vos odiarem, 
vos expulsarem, vos insultarem 
e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!
23 Alegrai-vos, nesse dia, e exultai 
pois será grande a vossa recompensa no céu; 
porque era assim 
que os antepassados deles tratavam os profetas. 
24 Mas, ai de vós, ricos, 
porque já tendes vossa consolação! 
25 Ai de vós, que agora tendes fartura, 
porque passareis fome! 
Ai de vós, que agora rides, 
porque tereis luto e lágrimas! 
26 Ai de vós quando todos vos elogiam! 
Era assim que os antepassados deles 
tratavam os falsos profetas. 
—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
O mundo nos prega valores que não são do Reino de Deus. Se formos viver de acordo com os valores do mundo, seremos egoístas e buscaremos unicamente a nossa própria satisfação. Porém, se quisermos viver de acordo com os valores do Reino de Deus, deveremos ser capazes de amar e, em nome do amor, buscar a felicidade, a satisfação e o bem estar de todos, e denunciar com coragem profética todos os que vivem e pregam os valores que não são do Reino de Deus. As conseqüências dessas posturas são que os que vivem de acordo com os valores do mundo, terão a consolação do mundo, e os que vivem de acordo com os valores do Reino, terão a consolação do Reino.
Fonte CNBB

- FELICIDADE E INFELICIDADE Lc 6,20-26

Lucas narra quatro bem-aventuranças proclamadas por Jesus, seguidas de quatro “ais” de advertência, diferentemente de Mateus que nos apresenta oito. Seja como for convém notar que ambos os textos nos situam em cima da montanha onde Jesus escolhe os seus Apóstolos e lhes apresenta o seu programa de ação. Anuncia-lhes o seu conteúdo: Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês. Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter fartura. Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir… Estas palavras foram vida e missão para os Apóstolos, são e o serão para todos os cristãos de hoje e de amanhã. É nossa missão tornar a sociedade antiga justa e digna, arrancando de seu meio, pela força do Evangelho, a miséria, a injustiça, a fome.

O cristão deve sentir e encontrar prazer e alegria nas perseguições pelo amor a verdade e a justiça do Reino. Pois será grande no céu a sua recompensa. A promessa é do próprio Jesus: Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês.

O cristão deve fazer tudo para derrubar todos os geradores dos males sociais. É preciso que ele dê a conhecer aos grandes que defender a causa do pobre é devolver-lhe a vida e a dignidade e não é a multiplicação de palavras. Porque ele não vive de explicações, filosofias e falação.

Jesus dirigi-se com freqüência à multidão para adverti-la sobre o que está por vir. No texto deste Evangelho se reflete com nitidez este tipo de comunicação. Como Mateus, Lucas nos apresenta uma nova versão das Bem-aventuranças: Felizes vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus…!

Digo “nova versão” por causa de algumas ligeiras diferenças quanto a ordem de colocações. Se Mateus faz da proclamação das Bem-aventuranças um bloco homogêneo de oito declarações pelo positivo, Lucas nos apresenta dois blocos: um de quatro bem-aventuranças, outro de outras tantas declarações de infelicidade, de imprecações: Mas ai de vocês que agora são ricos, pois já tiveram a sua vida boa.

Podemos dizer que se tratam de blocos opostos: aos pobres opõem-se os ricos; aos que têm fome contrapõem-se os que estão fartos. Além disso, o texto dá grande relevo à anáfora e ao paralelismo.

O paradoxo é bastante comum em S. Lucas e indica uma orientação importante do terceiro Evangelho: o radicalismo da força transformadora da sua mensagem. Há muita coisa desconcertante, inesperada neste Evangelho.

Felizes vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados! Saciados por quem? Saciados por Jesus a verdadeira comida e bebida. Aquele que nos abre para os novos tempos e por isso, nos faz firmes e fortes nesta espera. Quem espera no Senhor e não vacila nos momentos de amargura se torna bem-aventurado.

Jesus nos situa na perspectiva dos que buscam encontrar aqui na terra a felicidade seguindo os conselhos evangélicos e mantendo a esperança de um dia encontrá-la. Ser bem aventurado é ser feliz. As bem-aventuranças são estágios de vida que nos levam a ter o prenúncio das coisas celestes, da realidade do Céu. Quando nós seguimos as sugestões do Evangelho, nós perseguimos a plenitude da felicidade aqui na terra embora o mundo não possa entender. Portanto, ser pobre, passar fome, chorar, ser perseguido, odiado, insultado, amaldiçoado, são situações que, de acordo com a mentalidade do mundo, revelam infelicidade. Porém, quando vivemos na perspectiva de fazer a vontade de Deus essas coisas que nos acontecem servem de motivação para que nós experimentemos cada vez mais o poder e a força do Senhor na nossa vida. Ao contrário, as coisas que o mundo prega como lucro, a riqueza, a fartura, o riso fácil, o elogio, passam e não deixam nenhum vestígio de felicidade. É feliz aqui quem já espera a realização das promessas de Deus que plenamente serão cumpridas no Céu. O próprio Jesus nos garante: “Alegrai-vos e exultai, pois será grande a vossa recompensa no Céu”. A expectativa de que um dia contemplaremos a Deus e alcançaremos a plena felicidade, já é um motivo para que sejamos felizes aqui.

Você já meditou sobre as bem-aventuranças? Com qual bem-aventurança você mais se identifica? É feliz mesmo quando as coisas para você não sejam fáceis? Você tem sofrido alguma afronta por amor a Jesus?

Pai, faça-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer e então eu seja verdadeiramente feliz. Pois Vosso Filho, Jesus nosso irmão, nos ensinou que há mais alegria em dar do que em receber!
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper.

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