sexta-feira, 8 de julho de 2016

LITURGIA DO DIA 09/07/2016 - "Eu respondi: 'Aqui estou! Envia-me'".

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SÁBADO

Ano: C

Santo do dia: Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.

Cor litúrgica do dia: BRANCO

Anos Pares

14ª Semana do Tempo Comum.


Primeira leitura  


Leitura do Livro do Profeta Isaías (6,1-8)

1 No ano da morte do rei Ozias, 
vi o Senhor sentado num trono de grande altura; 
o seu manto estendia-se pelo templo. 
2 Havia Serafins de pé a seu lado; 
cada um tinha seis asas, 
duas cobriam-lhes o rosto, 
duas, os pés e, com duas, eles podiam voar. 
3 Eles exclamavam uns para os outros: 
'Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; 
toda a terra está repleta de sua glória'. 
4 Ao clamor dessas vozes, 
começaram a tremer as portas em seus gonzos 
e o templo encheu-se de fumaça. 
5 Disse eu então: 
'Ai de mim, estou perdido! 
Sou apenas um homem de lábios impuros, 
mas eu vi com meus olhos o rei, 
o Senhor dos exércitos'. 
6 Nisto, um dos serafins voou para mim, 
tendo na mão uma brasa, 
que retirara do altar com uma tenaz, 
7 e tocou minha boca, dizendo: 
'Assim que isto tocou teus lábios, 
desapareceu tua culpa, 
e teu pecado está perdoado'. 
8 Ouvi a voz do Senhor que dizia: 
'Quem enviarei? Quem irá por nós?' 
Eu respondi: 'Aqui estou! Envia-me'. 
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Sl 92, 1ab. 1c-2. 5 (R.1a))

R. Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

1a Deus é Rei e se vestiu de majestade,*
1b revestiu-se de poder e de esplendor!   R.

1c Vós firmastes o universo inabalável,
2 vós firmastes vosso trono desde a origem,*
desde sempre, ó Senhor, vós existis!   R.

5 Verdadeiros são os vossos testemunhos, 
refulge a santidade em vossa casa,*
pelos séculos dos séculos, Senhor!   R.
Evangelho

— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus (10,24-33)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 
24 O discípulo não está acima do mestre, 
nem o servo acima do seu senhor. 
25 Para o discípulo, basta ser como o seu mestre, 
e para o servo, ser como o seu senhor. 
Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu, 
quanto mais aos seus familiares! 
26 Não tenhais medo deles, 
pois nada há de encoberto que não seja revelado, 
e nada há de escondido que não seja conhecido. 
27 O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; 
o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados!
28 Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, 
mas não podem matar a alma! 
Pelo contrário, 
temei aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! 
29 Não se vendem dois pardais por algumas moedas? 
No entanto, nenhum deles cai no chão 
sem o consentimento do vosso Pai. 
30 Quanto a vós, 
até os cabelos da cabeça estão todos contados. 
31 Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 
32 Portanto, todo aquele 
que se declarar a meu favor diante dos homens, 
também eu me declararei em favor dele 
diante do meu Pai que está nos céus. 
33 Aquele, porém, que me negar diante dos homens, 
também eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus. 
—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Aos homens, é impossível entrar no Reino de Deus, mas para Deus, tudo é possível. A salvação não é obra nossa, é ação divina sobre todos nós e é gratuidade do amor misericordioso do nosso Deus que vem ao nosso encontro. Mas, se é obra divina, por que devemos desenvolver o trabalho evangelizador? É porque o próprio Deus, que é amor infinito e poderia ter feito tudo sozinho, quis que todos nós participássemos da divina missão da salvação da humanidade, fazendo de todos nós colaboradores seus. Para nós, cabe corresponder a esse amor através do nosso sim e do anúncio desse Deus amoroso a todas as pessoas.
Fonte CNBB

Para que seus discípulos não desanimem diante das perseguições, Jesus lembra que também ele encontrou oposição.

As exigências da missão são extremas, podendo incluir a perseguição e a morte! Hoje, Jesus introduz no seu discurso a expressão «Não temais», que ocorre 366 vezes na Bíblia. O nosso texto está estruturado sobre a repetição, a modo de imperativo: “ não tenhais medo”! E depois dá razões pelas quais a confiança deve sempre vencer. A primeira razão é: ainda que o bem esteja, por agora, velado, e a astúcia e a virulência do mal pareçam escondê-lo, acontecerá uma reviravolta completa e veremos, no triunfo de Cristo, a vitória dos que escolheram praticar o bem. Eis a razão pela qual os discípulos de Jesus são encorajados à audácia do anúncio. O que recebemos é pequeno como uma luzinha nas trevas, como um sussurro ao ouvido, mas deve ser dado à plena luz do dia, gritado sobre os telhados. Inicialmente, o Evangelho era algo de oculto e misterioso, que era preciso manter em segredo, dado a conhecer a poucos e com as devidas precauções, para não desencadear a perseguição. Mas chegou o tempo de o dar a conhecer ao mundo inteiro! O pior que pode acontecer aos missionários do Reino é a morte do corpo. Mas seria muito pior a morte da alma, a perda da vida. Ora, só Deus pode tirar a vida. Mas não o faz àqueles que O amam e O temem. Jesus conclui a sua argumentação com duas imagens muito ternas: a dos pássaros que, valendo pouco, são amados pelo Pai, e a dos cabelos da cabeça, contados por Ele. Não há, pois, que temer: Ide: proclamai que o Reino do Céu está perto! (Mt 10, 7).

O temor de Deus é uma atitude complexa em que conflui o respeito reverente, a obediência, a adesão profunda, a adoração, o amor. Foi sentido por muitos profetas e santos, que fizeram a experiência do encontro com Deus, três vezes santo. Diante d´Ele, damo-nos conta da nossa condição de criaturas e da impureza da nossa vida. Já o salmista rezava: «Senhor, nosso Deus, como é admirável o teu nome em toda a terra! Adorarei a tua majestade, mais alta que os céus… que é o homem para te lembrares dele, o filho do homem para com ele te preocupares?» (Sl 8, 2.5). Mas, se nos deixarmos penetrar por esta atitude, também poderemos ter toda a confiança na sua misericórdia. Jesus une o temor de Deus e a confiança: «Não se vendem dois pássaros por uma pequena moeda? E nem um deles cairá por terra sem o consentimento do vosso Pai! … Não temais, pois valeis mais do que muitos pássaros» (vv. 29.31)

Ambas as leituras nos falam da experiência de temor na presença de Deus, que Se nos revela e chama a uma missão. Mas também em ambas as leituras escutamos a palavra do Senhor que nos diz: «não tenhas medo», «não temais». Aquele que nos ama, nos chama e nos envia, purifica-nos e está conosco: «Não temas: eu estarei contigo»; «não temais, eu estarei convosco» (Ex 3, 12; Dt 31, 6; 31, 15; 1 Cr 28, 20; Jr 1, 17; 46, 28; 30, 11). A Virgem Maria também experimentou a sua condição de criatura limitada e frágil perante a grandeza e poder de Deus, no dia da Anunciação. Por isso, o Anjo lhe diz: «Não tenhas medo, Maria » (Lc 1, 30).

O medo e a desconfiança, na relação com Deus, mas também na relação conosco ou com os outros, paralisam-nos, transformam-nos em escravos. Mas Paulo adverte-nos: «Vós não recebestes um espírito de escravidão para recair no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, por meio do qual gritamos: “Abbá, Pai!”. O mesmo Espírito atesta ao nosso espírito que somos filhos de Deus» (Rm 8, 15-16). «Se vivemos do Espírito, caminhemos segundo o Espírito» (Gl 5, 25). Na relação com Deus, embora conhecendo os nossos limites e os nossos pecados, temos consciência de estar perante um Pai, cheio de amor e de misericórdia. No exercício da missão que nos confia, na sua obra de salvação do mundo, sabemos que não estamos sós, mas que Ele está conosco.

Senhor purifica os meus lábios, mas purifica, sobretudo, o meu coração. Quantas vezes alimento pensamentos e desejos, que não nascem da certeza do teu amor, da vontade de lhe corresponder, da confiança em Ti. Quantas vezes me deixam dominar pelo temor, quando surgem dificuldades e problemas no caminho para Ti, ou na missão que me confiaste. Faz-me escutar novamente a tua palavra: «Não temas; Eu estou contigo!». Purifica-me, Senhor, e dá-me coragem e confiança para aceitar a purificação! Dá-me agilidade no combate espiritual contra as paixões, para que deseje e queira, sempre, em tudo, e somente a tua glória. Assim encontrarei também a paz e a serenidade, que tornarão mais felizes e plenos os breves dias da minha vida. Amém!
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper. 

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