sexta-feira, 28 de outubro de 2016

LITURGIA DO DIA 29/10/2016 - " Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!"

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SÁBADO

Santo do dia: São Narciso .

Cor litúrgica do dia: VERDE

Ano "C" - São Lucas.

30ª Semana do Tempo Comum.


Primeira leitura  



Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses (1,18b-26)

Irmãos: 
18b De qualquer maneira, 
com segundas intenções ou com sinceridade, 
Cristo é anunciado. 
E eu me alegro com isso, e sempre me alegrarei. 
19 Pois eu sei que isso resultará na minha salvação 
graças à vossa oração 
e à assistência do Espírito de Jesus Cristo. 
20 Segundo a minha viva expectativa e a minha esperança, 
não terei de corar de vergonha. 
Se a minha firmeza continuar total, como sempre, 
então Cristo vai ser glorificado no meu corpo, 
seja pela minha vida, seja pela minha morte. 
21 Pois para mim, o viver é Cristo 
e o morrer é lucro. 
22 Entretanto, se o viver na carne significa 
que meu trabalho será frutuoso, 
neste caso, não sei o que escolher. 
23 Sinto-me atraído para os dois lados: 
tenho o desejo de partir, para estar com Cristo 
- o que para mim seria de longe o melhor - 
24 mas para vós é mais necessário 
que eu continue minha vida neste mundo. 
25 Por isso, sei com certeza 
que vou ficar e continuar com vós todos, 
para que possais progredir e alegrar-vos na fé. 
26 Assim, com a minha volta para junto de vós, 
vai aumentar ainda a razão de vos gloriardes em Cristo Jesus. 

- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Sl 41 (42),2. 3. 5 (R. 3a))


R. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!

2 Assim como a corça suspira * 
pelas águas correntes, 
suspira igualmente minh'alma * 
por vós, ó meu Deus!   R.

3 Minha alma tem sede de Deus, * 
e deseja o Deus vivo. 
Quando terei a alegria de ver * 
a face de Deus?   R.

5 Recordo saudoso o tempo * 
em que ia com o povo. 
Peregrino e feliz caminhando * 
para a casa de Deus, 
entre gritos, louvor e alegria * 
da multidão jubilosa.   R. 

Evangelho

— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (14,1.7-11)

R. Glória a vós, Senhor.

Aconteceu que, num dia de sábado, 
Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. 
E eles o observavam. 
7 Jesus notou como os convidados 
escolhiam os primeiros lugares. 
Então contou-lhes uma parábola: 
8 'Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, 
não ocupes o primeiro lugar. 
Pode ser que tenha sido convidado 
alguém mais importante do que tu, 
9 e o dono da casa, que convidou os dois, 
venha te dizer: 'Dá o lugar a ele'. 
Então tu ficarás envergonhado 
e irás ocupar o último lugar. 
10 Mas, quando tu fores convidado, 
vai sentar-te no último lugar. 
Assim, quando chegar quem te convidou, 
te dirá: 'Amigo, vem mais para cima'. 
E isto vai ser uma honra para ti 
diante de todos os convidados. 
11 Porque quem se eleva, será humilhado 
e quem se humilha, será elevado.' 

—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
O mundo em que vivemos é marcado pela concorrência, pela luta constante no sentido de superar as outras pessoas. É sempre uma luta de um contra os outros para vencer, estar por cima, e, por causa dessa concorrência, nunca sobra lugar para a amizade, o amor e a fraternidade. Jesus nos mostra que entre nós, que somos seus discípulos, não deve ser assim. Devemos buscar a promoção das pessoas, valorizar aqueles que estão ao nosso lado, a fim de que, promovendo as pessoas, elas também nos promovam, de modo que temos o crescimento de todos e não apenas de alguns e vivamos como irmãos, filhos do mesmo Pai que está nos céus, e não como inimigos em uma batalha constante.
Fonte CNBB

- HUMILDADE E HOSPITALIDADE Lc 14,1.7-11:

Este Evangelho nos ajuda a corrigir um preconceito sumamente difundido. «Num sábado, Jesus entrou para comer na casa de um dos principais fariseus. Eles o observavam atentamente». Ao ler o Evangelho a partir de um certo ponto de vista, acabou-se fazendo dos fariseus o modelo de todos os vícios: hipocrisia, falsidade; os inimigos por antonomásia de Jesus. Com estes significados negativos, o termo «fariseu» passou a fazer parte do dicionário de nossa língua e de outras muitas.

Semelhante idéia dos fariseus não é correta. Entre eles havia certamente muitos elementos que respondiam a esta imagem e Cristo os enfrenta. Mas nem todos eram assim. Nicodemos, que vai ver Jesus de noite e que depois o defende ante o Sinédrio, era um fariseu (cf. João 3, 1; 7, 50ss). Também Saulo era fariseu antes da conversão, e era certamente uma pessoa sincera e zelosa, ainda que não estivesse bem iluminado. Outro fariseu era Gamaliel, que defendeu os apóstolos ante o Sinédrio (cf. Atos 5, 34 e seguintes).

As relações de Jesus com os fariseus não foram só de conflito. Compartilhavam muitas vezes as mesmas convicções, como a fé na ressurreição dos mortos, no amor de Deus e no compromisso como primeiro e mais importante mandamento da lei. Alguns, como neste caso, inclusive o convidam para uma refeição em sua casa. Hoje se considera que mais que os fariseus, quem queria a condenação de Jesus eram os saduceus, a quem pertencia a casta sacerdotal de Jerusalém.

Por todos estes motivos, seria sumamente desejável deixar de utilizar o termo «fariseu» em sentido depreciativo. Ajudaria ao diálogo com os judeus, que recordam com grande honra o papel desempenhado pela corrente dos fariseus em sua história, especialmente após a destruição de Jerusalém.

Durante a refeição, naquele sábado, Jesus ofereceu dois ensinamentos importantes: um dirigido aos «convidados» e outro para o «anfitrião». Ao dono da casa, Jesus disse (talvez diante dele ou só em presença de seus discípulos): «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides seus amigos, nem seus irmãos, nem seus parentes, nem os vizinhos ricos…». É o que o próprio Jesus fez, quando convidou ao grande banquete do Reino os pobres, os aflitos, os humildes, os famintos, os perseguidos.

Mas nesta ocasião quero deter-me a meditar no que Jesus diz aos «convidados». «Se te convidam a um banquete de bodas, não te coloques no primeiro lugar…». Jesus não quer dar conselhos de boa educação. Nem sequer pretende alentar o sutil cálculo de quem se põe em uma fila, com a escondida esperança de que o dono lhe peça que se aproxime. A parábola nisso pode dar pé ao equívoco, se não se levar em consideração o banquete e o dono dos quais Jesus está falando. O banquete é o universal do Reino e o dono é Deus.

Na vida, quer dizer Jesus, escolhe o último lugar, procura contentar os demais mais que a ti mesmo; sê modesto na hora de avaliar seus méritos, deixa que sejam os demais quem os reconheçam e não tu («ninguém é bom juiz em causa própria»), e já desde esta vida Deus te exaltará. Ele te exaltará com sua graça, te fará subir na hierarquia de seus amigos e dos verdadeiros discípulos de seu Filho, que é o que realmente importa.

Ele te exaltará também na estima dos demais. É um fato surpreendente, mas verdadeiro. Não só Deus «se inclina ante o humilde e rejeita o soberbo» (cf. Salmo 107, 6); também o homem faz o mesmo, independentemente do fato de ser crente ou não. A modéstia, quando é sincera, não artificial, conquista, faz que a pessoa seja amada, que sua companhia seja desejada, que sua opinião seja desejada.

Vivemos em uma sociedade que tem suma necessidade de voltar a escutar esta mensagem evangélica sobre a humildade. Correr para ocupar os primeiros lugares, talvez pisoteando, sem escrúpulos, a cabeça dos demais, são características desprezadas por todos e, infelizmente, seguidas por todos. O Evangelho tem um impacto social, inclusive quando fala de humildade e hospitalidade.

Pai, faz-me humilde e discreto no trato humano. E que eu não aspire grandeza humana. Basta-me ser reconhecido e exaltado por ti.
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper.

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