quarta-feira, 9 de novembro de 2016

SÃO LEÃO MAGNO, Papa e doutor da igraja

Evangelizou e governou a Igreja numa época brusca do Império Romano, pois já sofria com as heresias e invasões dos povos bárbaros, com suas violentas invasões
O santo de hoje mostrou-se digno de receber o título de “Magno”, que significa Grande, isto porque é considerado um dos maiores Papas da história da Igreja, grande no trabalho e na santidade.
São Leão Magno nasceu em Toscana no fim do século IV, foi educado em Roma, de onde era também sua ascendência. Jovem ainda, agregou-se ao clero, recebendo as ordens menores e o diaconato. Foi conselheiro sucessivamente dos papas Celestino I (422-432) e Xisto III (432-440) e foi muito respeitado como teólogo e diplomata. Participou de grandes problemas da Igreja do seu tempo e pode travar contacto pessoal e por cartas com grandes personagens como Santo Agostinho, São Cirilo de Alexandria e São João Cassiano, que o descrevia como "ornamento da Igreja e do divino ministério".

Quando morreu o papa Xisto III ele foi eleito seu sucessor; tinha entre 40 e 50 anos de idade. Recebeu a consagração episcopal no dia 29 de Setembro de 440, quando fez uma alocução repleta de profunda humildade e confiança na graça de Deus.
São Leão Magno tinha uma estima muito grande pela função do papa. Em vários Sermões mostra claro que é Pedro quem continua no leme da Igreja, na pessoa dos seus sucessores, aos quais compete um ministério sagrado de vigilância universal para que a fé que o Senhor legou aos Apóstolos não seja corrompida. Não temos muitas notícias biográficas dele. Mas as suas atitudes, rigidamente sacerdotais, transparecem nos 96 Sermões e 173 Cartas que chegaram até nós.
De modo especial as homilias nos mostram o Papa, um dos maiores da história da Igreja, paternalmente dedicado ao bem espiritual dos seus filhos, aos quais fala com linguagem acessível, traduzindo o seu pensamento em formas fáceis para a prática da vida cristã.
Participou ativamente na elaboração dogmática sobre o grave problema tratado no Concílio de Calcedônia, convocado pelo imperador do Oriente para a condenação da heresia chamada monofisismo, segundo a qual em Cristo haveria apenas a natureza divina, mas não a humana. Nos seus Sermões S.Leão defende vivamente a única pessoa de Cristo, mas as suas duas naturezas. A epístola dogmática a Flaviano, lida pelos delegados romanos do Concílio, forneceu o sentido e as fórmulas da definição conciliar, criando assim uma efetiva unidade e solidariedade com a sede de Roma.
Leão foi o primeiro Papa que recebeu o apelido de Magno (grande), não só pelas qualidades literárias e pela firmeza com que sustentou o decadente império do Ocidente, mas pela estabilidade dogmática que transparece nos seus escritos e nas orações litúrgicas por ele compostas. Em sua atuação no plano político, a História registou e imortalizou duas intervenções de São Leão Magno, respectivamente junto a Átila, rei dos Hunos, em 452, e junto a Genserico, em 455. Átila, cognominado "O flagelo de Deus", investia contra o Império, aproximando-se de Roma, sendo barrado pelo Papa. 
A outra intervenção foi quando Genserico, líder dos Vândalos, provenientes do Sul, ocupara Roma, ameaçando arrasá-la. Coube ao próprio São Leão Magno a iniciativa de negociar com Genserico, e dele obter que a cidade não fosse incendiada nem seus habitantes torturados.
São Leão Magno morreu a 10 de Novembro de 461, sendo sepultado no Átrio da Basílica de São Pedro. A sua festa litúrgica é celebrada pela igreja no dia 10 de Novembro. Foi um dos maiores Pontífices que honraram a Sé Romana proclamado doutor da igreja em 1754, por Bento XIV.
Dentre tantas riquezas em obras e escritos, São Leão Magno deixou-nos este grito: “Toma consciência, ó cristão da tua dignidade, já que participas da natureza Divina”.
Entrou no Céu no ano de 461.

Frases de São Leão Magno:
1-      “Outrora foi prometida a Abraão uma descendência inumerável, que seria gerada não segundo a carne, mas na fecundidade da fé”. 

2-      “Maria, serva e mãe do Senhor, genitora de Deus e Virgem perpétua”. 

3-      “Com efeito, todos aqueles que foram regenerados em Cristo foram também feitos reis com o sinal da cruz, e sagrados sacerdotes com a unção do Espírito Santo”. 

4-      “Grande sustentáculo é a fé íntegra, a fé verdadeira, à qual nada pode ser acrescentado ou tirado por quem quer que seja; pois que a fé, se não é única, então absolutamente não existe”. 

5-      “É, com efeito, o nascimento de Cristo que determina a origem do povo cristão: o natal da Cabeça é também o natal do corpo”. 

6-      “Portanto, o Verbo, mesmo assumindo a natureza íntegra e perfeita de verdadeiro homem, nasceu verdadeiro Deus, completo nas suas divinas propriedades, completo outrossim nas nossas”. 

7-      “Tudo aquilo que o Filho de Deus fez e ensinou para reconciliar o mundo, não o conhecemos somente através da narração de obras levadas a cabo no passado, mas vivemos sob o efeito do dinamismo de tais obras presentes”. 

8-      “A Igreja católica vive e prospera pela sua fé nesta verdade: que em Jesus Cristo não se deve crer a humanidade sem verdadeira divindade, nem a divindade sem verdadeira humanidade”. 

9-      “A glória da Cabeça (Cristo) tornou-se a esperança do corpo (a Igreja)”. 

10-  “Com efeito, a participação no Corpo e no Sangue de Cristo não faz senão transformar-nos naquilo que tomamos; e em tudo, tanto na carne como no espírito, trazemos aquele mesmo no qual fomos mortos, sepultados e ressuscitados”. 

11-  “O Filho de Deus… uniu-se a nós e vinculou-nos a si de tal modo que a humilhação de Deus até à condição humana se tornasse uma elevação do homem até às alturas de Deus”. 

12-  “A Natividade do Senhor, este mistério do Verbo que se fez carne, não tanto como uma recordação de um acontecimento passado, mas sobretudo como um fato que se realiza sob os nossos olhos…” 

13-  “Reconhece, cristão, a tua dignidade e, tendo-te tornado partícipe da natureza divina, presta atenção a não recair, com uma conduta indigna, de tal grandeza na baixeza primitiva”.

São Leão Magno, rogai por nós!
Fonte http://www.santosepulcro-portugal.org/
Fonte: Site do Vaticano

Nenhum comentário:

Postar um comentário