terça-feira, 31 de janeiro de 2017

LITURGIA DO DIA 01/02/2017 - "O Senhor corrige a quem ele ama "

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QUARTA-FEIRA

Santo do dia:  Santa Veridiana.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Ano "C" - São Lucas. 

4ª Semana do Tempo Comum.

 Primeira leitura  

Leitura da Carta aos Hebreus (12,4-7.11-15)

Irmãos:
4 Vós ainda não resististes até ao sangue
na vossa luta contra o pecado,
5 e já esquecestes as palavras de encorajamento
que vos foram dirigidas como a filhos:
'Meu filho, não desprezes a educação do Senhor,
não te desanimes quando ele te repreende;
6 pois o Senhor corrige a quem ele ama
e castiga a quem aceita como filho'.
7 É para a vossa educação que sofreis,
e é como filhos que Deus vos trata.
Pois qual é o filho a quem o pai não corrige?
11 No momento mesmo, nenhuma correção parece alegrar,
mas causa dor.
Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça
para aqueles que nela foram exercitados.
12 Portanto,
'firmai as mãos cansadas e os joelhos enfraquecidos;
13 acertai os passos dos vossos pés',
para que não se extravie o que é manco,
mas antes seja curado.
14 Procurai a paz com todos, e a santificação,
sem a qual ninguém verá o Senhor;
15 cuidai para que ninguém abandone a graça de Deus.
Que nenhuma raiz venenosa cresça no meio de vós,
tumultuando e contaminando a comunidade.

Palavra do Senhor. 
R. Graças a Deus

Salmo Responsorial  
(Sl 102,1-2. 13-14. 17-18a (R. Cf. 17))

R. O amor do Senhor por quem o respeita,
é de sempre e para sempre

1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores!   R.

13 Como um pai se compadece de seus filhos, *
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
14 Porque sabe de que barro somos feitos, *
e se lembra que apenas somos pó.   R.

17 Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme *
é de sempre e perdura para sempre;
e também sua justiça se estende *
por gerações até os filhos de seus filhos,
18 aos que guardam fielmente sua Aliança.   R.

Evangelho  
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (6,1-6)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo:
1 Jesus foi a Nazaré, sua terra,
e seus discípulos o acompanharam.
2 Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga.
Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam:
'De onde recebeu ele tudo isto?
Como conseguiu tanta sabedoria?
E esses grandes milagres
que são realizados por suas mãos?
3 Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria
e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão?
Suas irmãs não moram aqui conosco?'
E ficaram escandalizados por causa dele.
4 Jesus lhes dizia: 'Um profeta só não é estimado
em sua pátria, entre seus parentes e familiares'.
5 E ali não pôde fazer milagre algum.
Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos.
6 E admirou-se com a falta de fé deles.
Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.

—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Muitas vezes, nós nos apegamos apenas à realidade aparente e colocamos a nossa confiança apenas em critérios humanos para a compreensão dessa realidade. Confiamos principalmente nas nossas experiências pessoais e no que as ciências modernas nos ensinam. Tudo isso faz com que tenhamos uma visão míope da realidade, fato que tem como conseqüência o endurecimento do nosso coração e o fechamento ao transcendente, ao sobrenatural e, principalmente, às realidades espirituais e eternas. Quando nos fechamos ao próprio Deus, simplesmente nos tornamos incapazes de ver sua presença no nosso dia a dia e dificultamos a sua ação, que visa principalmente o nosso bem.
Fonte CNBB

- JESUS EM NAZARÉ Mc 6,1-6:

O evangelista Marcos narra que Jesus foi para “sua própria terra”, isto é, para sua cidade de origem, a cidade de sua família, Nazaré. Para Marcos, esta é a última vez que Jesus vai a Nazaré. É também a última vez que entra numa sinagoga, lugar onde os judeus se reuniam aos sábados para ouvir a Palavra de Deus e rezar. No início, quem se admira são os ouvintes. Porém a admiração não os leva à fé em Jesus, e sim a rejeitá-lo. No final desse Evangelho é Jesus quem se admira com a falta de fé do povo daquele lugar. Essa falta de fé no homem-Jesus impede a realização de milagres, isto é, o Reino acaba não acontecendo em Nazaré.

Marcos dá a entender que o povo estava cansado com esse costume. De fato, quando Jesus entra pela primeira vez numa sinagoga e começa a ensinar libertando (cf. 1,21-28), o povo gosta desse novo ensinamento dado com autoridade (cf. 1,27).

Em Nazaré, terra de Jesus, as coisas tomaram rumo diferente. É que Jesus não havia frequentado nenhuma escola de ensino das Escrituras, não fizera nenhuma especialização. Além disso, seu ensinamento é acompanhado de uma prática que liberta as pessoas de qualquer tipo de opressão ou marginalização. Marcos não consegue mostrar Jesus ensinando sem libertar. Mais ainda: seu ensinamento é uma prática que liberta.

Em Nazaré, num dia de sábado, Jesus está ensinando na sinagoga. Mais uma vez o evangelista não diz o que Jesus ensina. Nós não precisamos de explicações, pois conhecemos que tipo de ensinamento é o de Jesus.

O povo que está na sinagoga manifesta sua perplexidade e descrédito em relação a Jesus. A primeira e a segunda levantam suspeita e ceticismo: “De onde ele recebeu tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria?” Por trás dessas objeções está o início da rejeição de Jesus enquanto o Messias. Naquele tempo especulavam muito sobre a origem do Messias. E a conclusão a que chegaram era esta: “Nós sabemos de onde vem esse Jesus, mas, quando chegar o Messias, ninguém saberá de onde ele vem” (Jo 7,27). Jesus, portanto, não poderia ser o Messias, pois sua origem era conhecida por todos. Além disso, para os conterrâneos de Jesus é impossível “fazer teologia” sem passar pela escola dos doutores da Lei e fariseus.

A terceira pergunta levanta suspeitas sobre quem age por meio de Jesus: “E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos?” Um pouco antes, alguns doutores da Lei afirmavam que o chefe dos demônios agia em Jesus, levando-o a expulsar demônios. O povo de Nazaré deixa transparecer essa mentalidade.

A última pergunta sintetiza todas as anteriores: “Esse homem não é o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” É uma pergunta desmoralizante e debochada. Quando se queria desprezar alguém, bastava substituir o nome do pai pelo da mãe. Por isso, a expressão “filho de Maria” (a não ser que José já tivesse morrido), é altamente depreciativa. E a conclusão é muito simples: “Ficaram escandalizados por causa dele”, isto é, seus conterrâneos o rejeitaram.

Jesus, portanto, foi rejeitado porque se apresentou como um trabalhador que cresceu em Nazaré ao lado de parentes, amigos e conhecidos. Seus conterrâneos não descobriram nele nada de extraordinário que pudesse indicá-lo como o Messias de Deus. Mas a extraordinariedade de Jesus-Messias está justamente aí, na encarnação, no fato de não ter nada que possa diferir da condição humana comum. O Filho de Deus se fez como qualquer um de nós, e aqui está o nó da questão. Muitos afirmam que não creem porque não vêem. Os conterrâneos de Jesus não creem justamente porque vêem Jesus trabalhador, o filho de Maria, um homem do povo, que não frequentou nenhuma escola superior, um homem que vem de Nazaré, lugarejo insignificante.

O escândalo da encarnação continua sendo um espinho atravessado na garganta de muito cristão de boa vontade. Por se encarnar nas realidades humanas, Jesus-Messias foi rejeitado. Isso faz pensar no desafio que é a encarnação do evangelho na realidade do povo. Ficaremos paralisados como os conterrâneos de Jesus?

Pai abre minha mente e meu coração, para que eu possa compreender que tu te serves de meios humanamente modestos para realizar as tuas maravilhas.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.


in Corde Jesu, semper.

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