segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

LITURGIA DO DIA 24/01/2017 - "Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor! "

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TERÇA-FEIRA

Santo do dia:  São Francisco de Sales, doutor da Igreja.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Ano "C" - São Lucas. 

3ª Semana do Tempo Comum.

 Primeira leitura  

Leitura da Carta aos Hebreus (10,1-10)

Irmãos:
1 A Lei possui apenas o esboço dos bens futuros
e não o modelo real das coisas.
Também, com os seus sacrifícios sempre iguais
e sem desistência repetidos cada ano,
ela é totalmente incapaz de levar à perfeição
aqueles que se aproximam para oferecê-los.
2 Se não fosse assim,
não se teria deixado de oferecê-los,
se os que prestam culto, uma vez purificados,
já não tivessem nenhuma consciência dos pecados?
3 Mas, ao contrário,
é por meio destes sacrifícios que, anualmente,
se renova a memória dos pecados,
4 pois é impossível eliminar os pecados
com o sangue de touros e bodes.
5 Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma:
'Tu não quiseste vítima nem oferenda,
mas formaste-me um corpo.
6 Não foram do teu agrado holocaustos
nem sacrifícios pelo pecado.
7 Por isso eu disse: Eis que eu venho.
No livro está escrito a meu respeito:
Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade.'
8 Depois de dizer:
'Tu não quiseste nem te agradaram
vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado'
- coisas oferecidas segundo a Lei -
9 ele acrescenta: 'Eu vim para fazer a tua vontade'.
Com isso, suprime o primeiro sacrifício,
para estabelecer o segundo.
10 É graças a esta vontade que somos santificados
pela oferenda do corpo de Jesus Cristo,
realizada uma vez por todas.

Palavra do Senhor. 
R. Graças a Deus

Salmo Responsorial  
(Sl 39, 2.4ab. 7-8a. 10. 11 (R. Cf. 8a.9a))

R. Eis que venho fazer, com prazer,
a vossa vontade, Senhor!

2 Esperando, esperei no Senhor, *
e inclinando-se, ouviu meu clamor.
4a Canto novo ele pôs em meus lábios, *
4b um poema em louvor ao Senhor.   R.

7 Sacrifício e oblação não quisestes, *
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas, +
holocaustos por nossos pecados. *
8a E então eu vos disse: 'Eis que venho!'  R.

10 Boas-novas de vossa justiça +
anunciei numa grande assembléia; *
vós sabeis: não fechei os meus lábios!   R.

11 Proclamei toda a vossa justiça, +
sem retê-la no meu coração; *
vosso auxílio e lealdade narrei.
Não calei vossa graça e verdade *
na presença da grande assembléia.   R.

Evangelho  
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (3,31-35)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo:
31 Chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos.
Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo.
32 Havia uma multidão sentada ao redor dele.
Então lhe disseram:
'Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.'
33 Ele respondeu:
'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?'
34 E olhando para os que estavam sentados ao seu redor,
disse: 'Aqui estão minha mãe e meus irmãos.
35 Quem faz a vontade de Deus,

—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Somos convidados pelo evangelho de hoje a descobrir a verdadeira família à qual nós pertencemos: a família dos filhos e filhas de Deus, que procura conhecer e por em prática a vontade do Pai e participar do seu projeto de construção do mundo novo, da civilização do amor, sinal do Reino definitivo. Participar dessa verdadeira família não significa negar a nossa família terrena, nem os nossos relacionamentos sociais e afetivos, mas subordinar essas duas realidades à realidade maior, que é a família dos filhos e filhas de Deus, fazendo, assim, com que haja uma verdadeira hierarquia de valores na nossa vida, que subordina o temporal ao eterno.
Fonte CNBB

-A FAMÍLIA DE JESUS Mc 3,31-35:

Marcos, no início de seu evangelho, apresentou a tensão entre “sinagoga”, da qual Jesus se afasta, a “casa”, que passa a ser o local de reunião das novas comunidades em torno de Jesus.

Vemos nos textos de Mc 3,31-35 que Jesus se encontra dentro da casa, seus parentes do lado de fora e a multidão está ao seu redor ouvindo-o. Estão reunidos os discípulos e discípulas em torno de Jesus, como também as multidões, que são pessoas do povo, capazes de deixar tudo e seguí-lo: são os aleijados, coxos, pobres, doentes que estão “como ovelhas sem pastor (Mc 6,34)”.

Participar da casa é participar do banquete da vida, da aproximação com o outro como espaço de diálogo e compreensão. Para poder entrar na casa é preciso romper com o sistema de opressão que há em nossa sociedade, na medida em que faço do outro instrumento da minha vontade e o coloco em disputa com os demais. A casa é o lugar apropriado para desenhar a proposta que Jesus deseja anunciar e promover o sistema de relação social.

“…Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa” (Mc 6,4) . As pessoas capazes de compreender a missão de Jesus são aquelas que fazem a experiência d’Ele. Os mais próximos se afastam diante da missão de Jesus, enquanto os mais distantes se aproximam d’Ele e de sua missão. Aproximar da missão é encontrar-se dentro da casa e reconhecer em Jesus a presença do Reino de Deus. É preciso compreender os gestos e não ter o coração endurecido. Os que estão fora da casa são os adversários que querem interromper a missão, concordando com uma ideologia que domina as pessoas e que controla o sistema opressor.

No relato de Marcos 3,20-21 encontramos que o “estar na casa” é o principal foco e eixo de partida, enquanto que nos versículos 31-35, o grande eixo é a pergunta: “ quem é minha mãe e meus irmãos?” Jesus se sente próximo e familiar a todos que se deixam envolver por seu projeto. O grau de parentesco é como que um título para que se possa fazer parte da nova comunidade, que requer acima de tudo fidelidade. Enquanto anteriormente a preocupação da família era a incompreensão da missão de Jesus, que tinha a família como eixo estrutural, agora Jesus nos diz: “…eis a minha mãe e meus irmãos. Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”(Mc 3,34-35), procurando derrubar a ordem social e provocar ruptura com sua família de sangue. “Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando do lado de fora…”(Mc 3,31) enquanto que a multidão se encontra sentada em torno do lado de Jesus “(Mc 3,32).

Jesus se recusa a aceitar quem não aceita sua missão !!!

Perante uma atitude de vida incoerente, na qual o projeto de Deus não é assumido e a discriminação se torna mais forte, Jesus faz um questionamento: “quem é minha mãe e meus irmãos?” ( Mc 3,33). Se eles não conseguem aceitar a missão de Jesus, Este também não o reconhece como parente. É preciso ser obediente a Deus, porque no centro está o ser humano e suas necessidades. Estar sentado à sua volta é estar atento aos seus ensinamentos “Enquanto caminhavam, Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e ficou escutando a sua palavra. Marta estava ocupada com muitos afazeres. Aproximou-se e falou: «Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda que ela venha ajudar-me!» O Senhor, porém, respondeu: «Marta, Marta! Você se preocupa e anda agitada com muitas coisas; porém, uma só coisa é necessária, Maria escolheu a melhor parte, e esta não lhe será tirada.»”(Lc 10,38-42). É a unidade em Jesus que se deve fazer evidente numa opção de vida, numa instauração de uma família, como também na vida; viver a vida com adesão ao projeto de Deus e na construção de um mundo novo, no qual a esperança nos mova para frente para podermos chegar “…a uma terra fértil e espaçosa, terra onde corre leite e mel”.

O evangelista Marcos nos deixa claro aqui que o importante é entrar na casa e conversar, dialogar e participar da vida com o(a) outro(a). Assim, a comunidade do discipulado será a nova família que queremos formar.

Portanto, as palavras de Jesus questionando quem é sua mãe e quem são seus irmãos têm o sentido de revelar que o dom de Deus, nele presente, não se restringe a laços consanguíneos privilegiados. Jesus substitui estes laços estabelecidos na tradição pelos laços do amor verdadeiro e sem fronteiras, que vão muito além dos limites de família ou raça. A verdadeira família é aquela constituída por pessoas que, fazendo a vontade de Deus, tornam-se discípulas de Jesus. A família consanguínea, pelo amadurecimento do amor, abre-se e solidariza-se com os mais excluídos e empobrecidos.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.


in Corde Jesu, semper.

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