domingo, 22 de janeiro de 2017

LITURGIA DO DIA 23/01/2017 - "Cantai ao Senhor Deus um canto novo "

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SEGUNDA-FEIRA

Santo do dia:  Santo Ildefonso.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Ano "C" - São Lucas. 

3ª Semana do Tempo Comum.

 Primeira leitura  

Leitura da Carta aos Hebreus (9,15.24-28)

Irmãos:
15 Cristo é mediador de uma nova aliança.
Pela sua morte, ele reparou as transgressões
cometidas no decorrer da primeira aliança.
E, assim, aqueles que são chamados
recebem a promessa da herança eterna.
24 Jesus não entrou num santuário feito por mão humana,
imagem do verdadeiro,
mas no próprio céu,
a fim de comparecer, agora, na presença de Deus,
em nosso favor.
25 E não foi para se oferecer a si muitas vezes,
como o sumo sacerdote que, cada ano,
entra no Santuário com sangue alheio.
26 Porque, se assim fosse,
deveria ter sofrido muitas vezes,
desde a fundação do mundo.
Mas foi agora, na plenitude dos tempos,
que, uma vez por todas, ele se manifestou
para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27 O destino de todo homem é morrer uma só vez,
e depois vem o julgamento.
28 Do mesmo modo, também Cristo,
oferecido uma vez por todas,
para tirar os pecados da multidão,
aparecerá uma segunda vez, fora do pecado,
para salvar aqueles que o esperam.

Palavra do Senhor. 
R. Graças a Deus

Salmo Responsorial  
(Sl 97,1-6 (R.1a))

R. Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!

1 Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo*
alcançaram-lhe a vitória.   R.

2 O Senhor fez conhecer a salvação,*
e às nações, sua justiça;
3a recordou o seu amor sempre fiel*
3b pela casa de Israel.   R.

3c Os confins do universo contemplaram*
3d a salvação do nosso Deus. 
4a clamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
alegrai-vos e exultai!   R.

5 Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa*
e da cítara suave!
6 Aclamai, com os clarins e as trombetas,*
ao Senhor, o nosso Rei!   R.

Evangelho  
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (3,22-30)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo:
22 Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém,
diziam que ele estava possuído por Beelzebu,
e que pelo príncipe dos demônios
ele expulsava os demônios.
23 Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas:
'Como é que Satanás pode expulsar a Satanás?
24 Se um reino se divide contra si mesmo,
ele não poderá manter-se.
25 Se uma família se divide contra si mesma,
ela não poderá manter-se.
26 Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide,
não poderá sobreviver, mas será destruído.
27 Ninguém pode entrar na casa de um homem forte
para roubar seus bens,
sem antes o amarrar.
Só depois poderá saquear sua casa.
28 Em verdade vos digo:
tudo será perdoado aos homens,
tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito.
29 Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo,
nunca será perdoado,
mas será culpado de um pecado eterno.'
30 Jesus falou isso, porque diziam:
'Ele está possuído por um espírito mau.'

—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
A inveja nos faz capazes de encontrar os motivos mais terríveis para condenar alguém que pratica o bem. Com Jesus não foi diferente.Os mestres da Lei viam tudo o que Jesus fazia e não podiam negar os fatos, mas quando deveriam aderir à proposta de Jesus, a inveja tomou conta dos seus corações. Como o poder de Jesus não podia ser contestado, resolveram contestar a origem de tal poder, afirmando que este não era a manifestação de uma realidade divina, e sim diabólica, atribuindo a Jesus o que de fato era a origem dos seus próprios pensamentos, uma vez que negavam como divina a ação do próprio Espírito Santo, e isso sim, é algo diabólico.
Fonte CNBB

- O PODER DE JESUS PARA EXPULSAR DEMÔNIOS Mc 3,22-30:

Conforme a popularidade de Jesus crescia, seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar seus maravilhosos poderes. Finalmente, decidiram alegar que ele expulsava demônios pelo poder do próprio Satanás. Paralelo ao texto de hoje estão Mateus 12:22-32 e Lucas 11:14-23. E com apenas três argumentos Jesus responde e faz uma advertência:

1. Como é que Satanás pode expulsar a si mesmo?

2. Se eu expulso demônios por Satanás, por quem os expulsam os vossos filhos?

3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar àqueles que Satanás mantém cativos.

Sua advertência foi: “Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” (Marcos 3:28-30).

Depois de Seus debates com os fariseus, e outros inimigos, sobre como guardar o sábado, eis que surge nova questão: de onde vinha o poder de Cristo para expulsar demônios?

Não podendo negar Seus muitos e poderosos milagres, os líderes judaicos tentaram vinculá-los a Belzebu – ou seja, a Satanás. Interiormente, sentiam que esses milagres eram resultado da manifestação divina, mas após terem acusado e perseguido Jesus, ficava difícil admitir a origem divina da obra feita por Ele. O orgulho, ou seja, a falta de humildade, levou tais líderes a essa situação.

O argumento de Cristo permaneceu sem resposta: Como Seus milagres poderiam provir de Satanás, se os destruíam a obra dele? (saúde em vez de doença, libertação de demônios em vez de escravidão a eles). Há aqui uma lição para todos: o orgulho pode obliterar a visão espiritual a ponto de alguém “ao mal chamar bem, e ao bem chamar mal” (Isa. 5:20). Quando uma pessoa chega a esse ponto, corre o risco de pecar ou “blasfemar contra o Espírito Santo” e “não ter perdão para sempre” (Mar. 3:29). Por quê? O fato é que todo pecado pode ser perdoado, desde que seja confessado (I João 1:9). Mas, se alguém chegar ao ponto de achar que o mal é o bem (de que a falsa acusação deles quanto aos milagres de Cristo era correta), então nunca haverão de se arrepender disto, e por conseguinte, não obterão o perdão. Estarão cometendo o “pecado imperdoável”, pois nunca foi confessado para ser perdoado. Poderíamos dizer, então, que “pecado imperdoável” é pecado não confessado e deixado, como esses dos líderes judaicos.

Os escribas vindos de Jerusalém são os enviados dos chefes religiosos que tinham em mãos o culto sacrifical do Templo e o dinheiro do Tesouro, anexo ao Templo. Eles percebem que Jesus, com seu anúncio da verdade e do amor, é uma ameaça para o poder e os privilégios deles. Jesus já havia expulsado o espírito impuro que dominava um homem em uma sinagoga. Eles se empenham em difamar Jesus, para afastá-lo do povo.

O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demônio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.

Na Encíclica « Dominum et vivificantem », § 46 de Santidade João Paulo II encontramos  razões do porque é imperdoável  o pecado contra o Espírito Santo.

Porque é que a «blasfêmia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfêmia»? S. Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».

Segundo uma tal exegese, a «blasfêmia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.

Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem carácter salvífico, ele rejeita contemporaneamente a «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efetuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas».Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.

Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfêmia contra o Espírito Santo» consiste exatamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se.

Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.

Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.

Ora a blasfêmia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal — em qualquer pecado — e recusa por isso mesmo a Redenção.

O homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.

É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.

De uma maneira muito resumida diremos que é próprio dos poderosos acusarem e difamarem todo aquele que é considerado como uma ameaça a seu poder, acusando-o agitador, perturbador da ordem, terrorista ou, em um enfoque religioso, possesso do demônio. Na Inquisição, tal coisa aconteceu com freqüência. Hoje, o império estadunidense, em parceria com o estado de Israel, também o faz.

Rejeitar o amor de Jesus é rejeitar o próprio Espírito Santo, que é a comunicação da Vida e do Amor de Deus.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.


in Corde Jesu, semper.

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