sexta-feira, 8 de abril de 2016

LITURGIA DO DIA 09/04/2016 - 'Sou eu. Não tenhais medo'.

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SÁBADO - 09/04/2016

Ano: C

Santo do dia: Santa Maria de Cléofas

Cor litúrgica do dia: BRANCO

Anos Pares

Segunda Semana da Páscoa


Primeira leitura  



Leitura dos Atos dos Apóstolos (At 6,1-7)

1 Naqueles dias:
o número dos discípulos tinha aumentado,
e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se
dos fiéis de origem hebraica.
Os de origem grega diziam que suas viúvas
eram deixadas de lado no atendimento diário.
2 Então os Doze Apóstolos
reuniram a multidão dos discípulos e disseram:
'Não está certo que nós deixemos
a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas.
3 Irmãos, é melhor que escolhais entre vós
sete homens de boa fama,
repletos do Espírito e de sabedoria,
e nós os encarregaremos dessa tarefa.
4 Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente
à oração e ao serviço da Palavra'.
5 A proposta agradou a toda a multidão.
Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo; e também Felipe, Prócoro, Nicanor,
Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia,
um pagão que seguia a religião dos judeus.
6 Eles foram apresentados aos apóstolos,
que oraram e impuseram as mãos sobre eles.
7 Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava.
O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém,
e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.

- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Sl 32, 1-2. 4-5. 18-19 (R.22))


R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

1 Ó justos, alegrai-vos no Senhor!*
aos retos fica bem glorificá-lo.
2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa,*
na lira de dez cordas celebrai-o!   R.

4 Pois reta é a palavra do Senhor,*
e tudo o que ele faz merece fé.
5 Deus ama o direito e a justiça,*
transborda em toda a terra a sua graça.   R.

18 O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria.   R.

Evangelho

— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 + Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João (6,16-21).

R. Glória a vós, Senhor.

16 Ao cair da tarde,
os discípulos desceram ao mar.
17 Entraram na barca
e foram em direção a Cafarnaum,
do outro lado do mar.
Já estava escuro,
e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles.
18 Soprava um vento forte
e o mar estava agitado.
19 Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros,
quando enxergaram Jesus, 
andando sobre as águas
e aproximando-se da barca.
E ficaram com medo.
20 Mas Jesus disse:
'Sou eu. Não tenhais medo'.
21 Quiseram, então, recolher Jesus na barca,
mas imediatamente a barca chegou à margem
para onde estavam indo.

—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Para interpretar com fidelidade a passagem de hoje, temos que usar o simbolismo; pois sem ele a narrativa parece ser um sucesso normal em que um homem se revela com poder especial sobre a natureza. Em primeiro lugar Jesus deixa seus apóstolos sozinhos, à noite, no meio do mar que por seu estado de turbulência aparece como representante do mal, dominado pelo maligno. A barca com tudo, que na hora representava o Reino, era realmente uma pequena semente de mostarda. Sem Jesus, o vento contrário a domina e a impede de chegar a seu destino. Não adianta o esforço dos remos porque a vela,  com o vento em contra, não pode ser usada. E esse vento não é humano.

Aparentemente os discípulos estavam sós. Mas, na realidade, Jesus estava ali seguindo-os e muito próximo. Para eles, Jesus, como a visão do espectro, como alguém saído das profundezas do mar, era um espírito maligno que os atormentava e produzia o vento furioso que impedia seu avanço. Somente as palavras como amigo do Mestre, logram acalmar os nervos e aportam a tranquilidade e sossego necessários. Era ele o amigo mais do que o mestre, o forte no momento da fragilidade; ele, e unicamente ele, traria a solução do problema que os afligia.

Pedro uma vez mais, se mostra impetuoso e mais confiante do que seus companheiros. Não só reconhece o Mestre, mas quer participar desse poder de estar acima do mal, representado pelas águas turbulentas do mar.  Ele sabe que o poder de Jesus não é unicamente pessoal, mas atinge igualmente seus mais íntimos amigos e reconhece na prática o que ele dirá mais tarde: em ti unicamente eu confio, pois cremos e reconhecemos que tu és o santo do Deus, que melhor podemos traduzir por o Ungido de Deus.

Porém sempre existe a dúvida e a indecisão após tomar uma atitude valente e corajosa. O vento, o mar agitado, abalam a fé e a confiança de Pedro. E unicamente a resposta de Jesus, ante a súplica angustiosa de auxílio de Pedro, restabelece a situação e salva o discípulo. A oração de Pedro é o grito que deverá salvar muitas vidas do fracasso total: Senhor salva-me. Nela encontramos a força que nos falta e a fé que a procura.

O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças e seu senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.
Fonte Canção Nova

Deus os Abençoe, 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper. 

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