SÁBADO
Santo do dia: São Teotônio.
Cor litúrgica do dia: VERDE
Ano "C" - São Lucas.
6ª Semana do Tempo Comum.
Primeira leitura
- Leitura da Carta aos Hebreus (11,1-7)
Irmãos:
1 A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera,
a convicção acerca de realidades que não se vêem.
2 Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho.
3 Foi pela fé que compreendemos
que o universo foi organizado por uma palavra de Deus.
Assim, as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê.
4 Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus
um sacrifício melhor que o de Caim;
e por causa dela, ele foi declarado justo,
pois Deus aprovou a sua oferta.
Graças a ela, mesmo depois de morto, Abel ainda fala!
5 Foi pela fé que Henoc foi arrebatado, para não ver a morte;
e não mais foi encontrado, porque Deus o arrebatou.
Antes de ser arrebatado, porém,
recebeu o testemunho de que foi agradável a Deus.
6 Ora, sem a fé é impossível ser-lhe agradável.
pois aquele que se aproxima de Deus
deve crer que ele existe
e que recompensa os que o procuram.
7 Foi pela fé que Noé,
avisado divinamente daquilo que ainda não se via,
levou a sério o oráculo
e construiu uma arca para salvar a sua família.
Pela fé, ele se separou do mundo,
tornando-se herdeiro da justiça que se obtém pela fé.
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus
Irmãos:
1 A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera,
a convicção acerca de realidades que não se vêem.
2 Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho.
3 Foi pela fé que compreendemos
que o universo foi organizado por uma palavra de Deus.
Assim, as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê.
4 Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus
um sacrifício melhor que o de Caim;
e por causa dela, ele foi declarado justo,
pois Deus aprovou a sua oferta.
Graças a ela, mesmo depois de morto, Abel ainda fala!
5 Foi pela fé que Henoc foi arrebatado, para não ver a morte;
e não mais foi encontrado, porque Deus o arrebatou.
Antes de ser arrebatado, porém,
recebeu o testemunho de que foi agradável a Deus.
6 Ora, sem a fé é impossível ser-lhe agradável.
pois aquele que se aproxima de Deus
deve crer que ele existe
e que recompensa os que o procuram.
7 Foi pela fé que Noé,
avisado divinamente daquilo que ainda não se via,
levou a sério o oráculo
e construiu uma arca para salvar a sua família.
Pela fé, ele se separou do mundo,
tornando-se herdeiro da justiça que se obtém pela fé.
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus
Salmo Responsorial
(144/145)
R. Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!
Todos os dias haverei de bendizer-vos,
hei de louvar o vosso nome para sempre.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores,
e ninguém pode medir sua grandeza. R.
Uma idade conta à outra vossas obras
e publica os vossos feitos poderosos;
proclamam todos o esplendor de vossa glória
e divulgam vossas obras portentosas! R.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder! R.
Evangelho
(144/145)
R. Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!
Todos os dias haverei de bendizer-vos,
hei de louvar o vosso nome para sempre.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores,
e ninguém pode medir sua grandeza. R.
Uma idade conta à outra vossas obras
e publica os vossos feitos poderosos;
proclamam todos o esplendor de vossa glória
e divulgam vossas obras portentosas! R.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder! R.
hei de louvar o vosso nome para sempre.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores,
e ninguém pode medir sua grandeza. R.
Uma idade conta à outra vossas obras
e publica os vossos feitos poderosos;
proclamam todos o esplendor de vossa glória
e divulgam vossas obras portentosas! R.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem
e os vossos santos, com louvores, vos bendigam!
Narrem a glória e o esplendor do vosso reino
e saibam proclamar vosso poder! R.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (9,2-13)
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo,
2 seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte.
3 E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhuma lavadeira sobre a terra as pode fazer assim tão brancas.
4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus.
5 Pedro tomou a palavra: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias".
6 Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.
7 Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o".
8 E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles.
9 Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos.
10 E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos.
11 Depois lhe perguntaram: "Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?"
12 Respondeu-lhes: "Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do homem que deve padecer muito e ser desprezado?
13 Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele".
— Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
A transfiguração nos mostra que Jesus, verdadeiro homem, vive todas as dimensões da existência humana, ou seja, da glória até o sofrimento e a morte. No alto do Monte Tabor, a sua glória torna-se manifesta, porém Jesus está diante de Moisés e Elias, ou seja, diante de todas as profecias que foram feitas em relação a ele, principalmente as que se referem à sua morte e ressurreição. E Jesus nos mostra que a verdadeira realização humana encontra-se em fazer a vontade de Deus, ou seja, amar até o fim. A morte de cruz foi colocada pelos homens como condição para que Jesus amasse até o fim, e Jesus não fugiu do seu compromisso, nos mostrando que é perfeitamente possível cumprir a vontade do Pai até o fim.
Fonte CNBB
- TU ÉS O MEU FILHO Mc 9,2-13:
A transfiguração de Jesus se encontra também em Mateus (17,1-8) e Lucas (9,28-36), mas cada evangelista trabalhou a seu modo a narrativa dentro dos objetivos específicos de cada um. Marcos a inseriu no início da segunda parte do seu evangelho. A partir de 8,31 temos como que um novo início e, daqui para frente, Jesus vai dedicar a maior parte do seu tempo ensinando aos discípulos o sentido profundo de seu messianismo. Responde-se, assim, à pergunta fundamental de Marcos: Quem é Jesus? E nesta se responde à uma outra pergunta, não menos importante que a primeira: Quem é o discípulo de Jesus? Todavia, o retrato dos discípulos, aqui, é lamentável.
Na primeira parte do Evangelho de Marcos, Jesus é incompreendido pelos “de fora”, acusado de blasfemar, de ser um possesso, louco e impuro. E os discípulos, o que pensam dele? Pedro, representando todos os que pretendem se unir ao Mestre, afirma que Jesus é o Messias. Mas Jesus proíbe severamente aos discípulos de falar alguma coisa a respeito dele. Marcos insere aqui o primeiro anúncio da paixão. E Pedro, representando mais uma vez os discípulos, se torna “Satanás”, porque pretende que o messianismo de Jesus se baseie nos moldes tradicionais.
E agora: a proposta messiânica de Jesus vai vencer? A transfiguração responde afirmativamente. Jesus vai vencer. Contudo, vale a pena recordar que a transfiguração olha mais para nós do que para Jesus. Em outras palavras, nós precisamos dela mais do que ele. Ela nos garante que em Jesus o projeto de Deus será vitorioso porque é garantido pelo Pai, que o declara seu Filho amado, pedindo que todos escutem o que ele diz. A transfiguração é, portanto, o sinal da vitória de Jesus e de seu projeto.
Jesus sobe a uma alta montanha com Pedro, Tiago e João, três dos quatro primeiros escolhidos. A cena recorda Ex 24, onde Moisés é convidado a subir à montanha de Deus em companhia de Aarão, Nadab, Abiú e setenta anciãos. Somente Moisés se aproximou de Deus e, ao descer do monte, contou ao povo tudo o que Deus lhe havia dito. A resposta do povo é uma só: “Faremos tudo o que Deus disse” (cf. Ex 24,1-3).
Marcos afirma que “as roupas de Jesus ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar”. Essa transformação aponta para a realidade da ressurreição de Jesus. Ninguém, nem mesmo a morte, poderá deter o projeto do Reino, pois o Mestre vai ressuscitar depois de três dias.
Moisés e Elias presentes e conversam com Jesus representam respectivamente a Lei e os Profetas, isto é, todo o Antigo Testamento. Moisés é o líder da libertação do Egito. O comparecimento deles vem dar testemunho de Jesus. Ele é o libertador definitivo, prometido e prefigurado nos líderes do passado. Elias é o restaurador do javismo no Reino do Norte no tempo do rei Acab, o profeta que libertou o povo da idolatria que gera opressão. O Antigo Testamento testemunha que Jesus veio para libertar mediante a entrega total de sua vida.
Nuvem, esplendor, personagens e, sobretudo, a voz que sai da nuvem são modos de indicar a presença de Deus no acontecimento. O próprio Pai garante que Jesus é seu Filho amado, ao qual é preciso dar adesão. Nesse versículo temos um dos pontos altos do Evangelho de Marcos. Desde o início afirma-se que Jesus é Filho de Deus (1,1) e, ao ser batizado, o Pai diz: “Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado” (1,11). O termo “filho” recorda o Salmo 2,7, onde um rei é declarado filho de Deus. Jesus é esse Rei, mas seu messianismo passa pela entrega da vida.
Pedro representa nós todos quando pretendemos viver a alegria da ressurreição sem passar pela entrega e pela morte. O julgamento que Marcos faz de Pedro e de todos os seguidores de Jesus é muito severo: “Ele não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo”. No fim de tudo, os discípulos se perguntam o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. O tema da ignorância dos discípulos é muito forte no Evangelho de Marcos. É impossível saber quem é Jesus sem ir com Ele até a cruz, sem passar pela morte, sem voltar à Galiléia para anunciar aí, por meio de uma prática libertadora, que o Mestre está vivo. Pedro – e todos nós com ele – sofremos de ignorância crônica em relação a quem é Jesus. Por isso é que “escutar o que ele diz” significa ir com ele até o fim. E não nos assustemos. É preciso que com Marcos confessemos. Jesus é o Filho de Deus e o sigamos. E assim como os discípulos viram Moisés e Elias falando com Jesus também nós o veremos cheio de esplendor e glória. Ele é a única autoridade credenciada pelo Pai. Ele está conosco para sempre.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
Deus os Abençoe!
Paz e Bem.
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos (9,2-13)
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo,
2 seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte.
3 E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhuma lavadeira sobre a terra as pode fazer assim tão brancas.
4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus.
5 Pedro tomou a palavra: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias".
6 Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.
7 Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o".
8 E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles.
9 Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos.
10 E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos.
11 Depois lhe perguntaram: "Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?"
12 Respondeu-lhes: "Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do homem que deve padecer muito e ser desprezado?
13 Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele".
— Palavra da Salvação.
2 seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte.
3 E transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma brancura tal, que nenhuma lavadeira sobre a terra as pode fazer assim tão brancas.
4 Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus.
5 Pedro tomou a palavra: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias".
6 Com efeito, não sabia o que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados.
7 Formou-se então uma nuvem que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu Filho muito amado; ouvi-o".
8 E olhando eles logo em derredor, já não viram ninguém, senão só a Jesus com eles.
9 Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do homem houvesse ressurgido dos mortos.
10 E guardaram esta recomendação consigo, perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os mortos.
11 Depois lhe perguntaram: "Por que dizem os fariseus e os escribas que primeiro deve voltar Elias?"
12 Respondeu-lhes: "Elias deve voltar primeiro e restabelecer tudo em ordem. Como então está escrito acerca do Filho do homem que deve padecer muito e ser desprezado?
13 Mas digo-vos que também Elias já voltou e fizeram-lhe sofrer tudo quanto quiseram, como está escrito dele".
— Palavra da Salvação.
A transfiguração nos mostra que Jesus, verdadeiro homem, vive todas as dimensões da existência humana, ou seja, da glória até o sofrimento e a morte. No alto do Monte Tabor, a sua glória torna-se manifesta, porém Jesus está diante de Moisés e Elias, ou seja, diante de todas as profecias que foram feitas em relação a ele, principalmente as que se referem à sua morte e ressurreição. E Jesus nos mostra que a verdadeira realização humana encontra-se em fazer a vontade de Deus, ou seja, amar até o fim. A morte de cruz foi colocada pelos homens como condição para que Jesus amasse até o fim, e Jesus não fugiu do seu compromisso, nos mostrando que é perfeitamente possível cumprir a vontade do Pai até o fim.
Fonte CNBB
- TU ÉS O MEU FILHO Mc 9,2-13:
A transfiguração de Jesus se encontra também em Mateus (17,1-8) e Lucas (9,28-36), mas cada evangelista trabalhou a seu modo a narrativa dentro dos objetivos específicos de cada um. Marcos a inseriu no início da segunda parte do seu evangelho. A partir de 8,31 temos como que um novo início e, daqui para frente, Jesus vai dedicar a maior parte do seu tempo ensinando aos discípulos o sentido profundo de seu messianismo. Responde-se, assim, à pergunta fundamental de Marcos: Quem é Jesus? E nesta se responde à uma outra pergunta, não menos importante que a primeira: Quem é o discípulo de Jesus? Todavia, o retrato dos discípulos, aqui, é lamentável.
Na primeira parte do Evangelho de Marcos, Jesus é incompreendido pelos “de fora”, acusado de blasfemar, de ser um possesso, louco e impuro. E os discípulos, o que pensam dele? Pedro, representando todos os que pretendem se unir ao Mestre, afirma que Jesus é o Messias. Mas Jesus proíbe severamente aos discípulos de falar alguma coisa a respeito dele. Marcos insere aqui o primeiro anúncio da paixão. E Pedro, representando mais uma vez os discípulos, se torna “Satanás”, porque pretende que o messianismo de Jesus se baseie nos moldes tradicionais.
E agora: a proposta messiânica de Jesus vai vencer? A transfiguração responde afirmativamente. Jesus vai vencer. Contudo, vale a pena recordar que a transfiguração olha mais para nós do que para Jesus. Em outras palavras, nós precisamos dela mais do que ele. Ela nos garante que em Jesus o projeto de Deus será vitorioso porque é garantido pelo Pai, que o declara seu Filho amado, pedindo que todos escutem o que ele diz. A transfiguração é, portanto, o sinal da vitória de Jesus e de seu projeto.
Jesus sobe a uma alta montanha com Pedro, Tiago e João, três dos quatro primeiros escolhidos. A cena recorda Ex 24, onde Moisés é convidado a subir à montanha de Deus em companhia de Aarão, Nadab, Abiú e setenta anciãos. Somente Moisés se aproximou de Deus e, ao descer do monte, contou ao povo tudo o que Deus lhe havia dito. A resposta do povo é uma só: “Faremos tudo o que Deus disse” (cf. Ex 24,1-3).
Marcos afirma que “as roupas de Jesus ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar”. Essa transformação aponta para a realidade da ressurreição de Jesus. Ninguém, nem mesmo a morte, poderá deter o projeto do Reino, pois o Mestre vai ressuscitar depois de três dias.
Moisés e Elias presentes e conversam com Jesus representam respectivamente a Lei e os Profetas, isto é, todo o Antigo Testamento. Moisés é o líder da libertação do Egito. O comparecimento deles vem dar testemunho de Jesus. Ele é o libertador definitivo, prometido e prefigurado nos líderes do passado. Elias é o restaurador do javismo no Reino do Norte no tempo do rei Acab, o profeta que libertou o povo da idolatria que gera opressão. O Antigo Testamento testemunha que Jesus veio para libertar mediante a entrega total de sua vida.
Nuvem, esplendor, personagens e, sobretudo, a voz que sai da nuvem são modos de indicar a presença de Deus no acontecimento. O próprio Pai garante que Jesus é seu Filho amado, ao qual é preciso dar adesão. Nesse versículo temos um dos pontos altos do Evangelho de Marcos. Desde o início afirma-se que Jesus é Filho de Deus (1,1) e, ao ser batizado, o Pai diz: “Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado” (1,11). O termo “filho” recorda o Salmo 2,7, onde um rei é declarado filho de Deus. Jesus é esse Rei, mas seu messianismo passa pela entrega da vida.
Pedro representa nós todos quando pretendemos viver a alegria da ressurreição sem passar pela entrega e pela morte. O julgamento que Marcos faz de Pedro e de todos os seguidores de Jesus é muito severo: “Ele não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo”. No fim de tudo, os discípulos se perguntam o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. O tema da ignorância dos discípulos é muito forte no Evangelho de Marcos. É impossível saber quem é Jesus sem ir com Ele até a cruz, sem passar pela morte, sem voltar à Galiléia para anunciar aí, por meio de uma prática libertadora, que o Mestre está vivo. Pedro – e todos nós com ele – sofremos de ignorância crônica em relação a quem é Jesus. Por isso é que “escutar o que ele diz” significa ir com ele até o fim. E não nos assustemos. É preciso que com Marcos confessemos. Jesus é o Filho de Deus e o sigamos. E assim como os discípulos viram Moisés e Elias falando com Jesus também nós o veremos cheio de esplendor e glória. Ele é a única autoridade credenciada pelo Pai. Ele está conosco para sempre.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/
Fonte CNBB
- TU ÉS O MEU FILHO Mc 9,2-13:
A transfiguração de Jesus se encontra também em Mateus (17,1-8) e Lucas (9,28-36), mas cada evangelista trabalhou a seu modo a narrativa dentro dos objetivos específicos de cada um. Marcos a inseriu no início da segunda parte do seu evangelho. A partir de 8,31 temos como que um novo início e, daqui para frente, Jesus vai dedicar a maior parte do seu tempo ensinando aos discípulos o sentido profundo de seu messianismo. Responde-se, assim, à pergunta fundamental de Marcos: Quem é Jesus? E nesta se responde à uma outra pergunta, não menos importante que a primeira: Quem é o discípulo de Jesus? Todavia, o retrato dos discípulos, aqui, é lamentável.
Na primeira parte do Evangelho de Marcos, Jesus é incompreendido pelos “de fora”, acusado de blasfemar, de ser um possesso, louco e impuro. E os discípulos, o que pensam dele? Pedro, representando todos os que pretendem se unir ao Mestre, afirma que Jesus é o Messias. Mas Jesus proíbe severamente aos discípulos de falar alguma coisa a respeito dele. Marcos insere aqui o primeiro anúncio da paixão. E Pedro, representando mais uma vez os discípulos, se torna “Satanás”, porque pretende que o messianismo de Jesus se baseie nos moldes tradicionais.
E agora: a proposta messiânica de Jesus vai vencer? A transfiguração responde afirmativamente. Jesus vai vencer. Contudo, vale a pena recordar que a transfiguração olha mais para nós do que para Jesus. Em outras palavras, nós precisamos dela mais do que ele. Ela nos garante que em Jesus o projeto de Deus será vitorioso porque é garantido pelo Pai, que o declara seu Filho amado, pedindo que todos escutem o que ele diz. A transfiguração é, portanto, o sinal da vitória de Jesus e de seu projeto.
Jesus sobe a uma alta montanha com Pedro, Tiago e João, três dos quatro primeiros escolhidos. A cena recorda Ex 24, onde Moisés é convidado a subir à montanha de Deus em companhia de Aarão, Nadab, Abiú e setenta anciãos. Somente Moisés se aproximou de Deus e, ao descer do monte, contou ao povo tudo o que Deus lhe havia dito. A resposta do povo é uma só: “Faremos tudo o que Deus disse” (cf. Ex 24,1-3).
Marcos afirma que “as roupas de Jesus ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar”. Essa transformação aponta para a realidade da ressurreição de Jesus. Ninguém, nem mesmo a morte, poderá deter o projeto do Reino, pois o Mestre vai ressuscitar depois de três dias.
Moisés e Elias presentes e conversam com Jesus representam respectivamente a Lei e os Profetas, isto é, todo o Antigo Testamento. Moisés é o líder da libertação do Egito. O comparecimento deles vem dar testemunho de Jesus. Ele é o libertador definitivo, prometido e prefigurado nos líderes do passado. Elias é o restaurador do javismo no Reino do Norte no tempo do rei Acab, o profeta que libertou o povo da idolatria que gera opressão. O Antigo Testamento testemunha que Jesus veio para libertar mediante a entrega total de sua vida.
Nuvem, esplendor, personagens e, sobretudo, a voz que sai da nuvem são modos de indicar a presença de Deus no acontecimento. O próprio Pai garante que Jesus é seu Filho amado, ao qual é preciso dar adesão. Nesse versículo temos um dos pontos altos do Evangelho de Marcos. Desde o início afirma-se que Jesus é Filho de Deus (1,1) e, ao ser batizado, o Pai diz: “Tu és o meu Filho amado; em ti encontro o meu agrado” (1,11). O termo “filho” recorda o Salmo 2,7, onde um rei é declarado filho de Deus. Jesus é esse Rei, mas seu messianismo passa pela entrega da vida.
Pedro representa nós todos quando pretendemos viver a alegria da ressurreição sem passar pela entrega e pela morte. O julgamento que Marcos faz de Pedro e de todos os seguidores de Jesus é muito severo: “Ele não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo”. No fim de tudo, os discípulos se perguntam o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. O tema da ignorância dos discípulos é muito forte no Evangelho de Marcos. É impossível saber quem é Jesus sem ir com Ele até a cruz, sem passar pela morte, sem voltar à Galiléia para anunciar aí, por meio de uma prática libertadora, que o Mestre está vivo. Pedro – e todos nós com ele – sofremos de ignorância crônica em relação a quem é Jesus. Por isso é que “escutar o que ele diz” significa ir com ele até o fim. E não nos assustemos. É preciso que com Marcos confessemos. Jesus é o Filho de Deus e o sigamos. E assim como os discípulos viram Moisés e Elias falando com Jesus também nós o veremos cheio de esplendor e glória. Ele é a única autoridade credenciada pelo Pai. Ele está conosco para sempre.
Deus os Abençoe!
- in Corde Jesu, semper.
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