quarta-feira, 4 de novembro de 2015

FÉ, UM ATO DE CULTO A DEUS

O católico que baixa a cabeça quando alguém afirma:
" não interessa em que coisas você crê, o que interessa são as obras".
É culpado de um pecado contra a fé.
Na religião, tudo se baseia na fé. Sem ela, não há nada. Por isso devemos concentrar a atenção na virtude da fé. Sabemos que essa virtude é infundida na nossa alma, juntamente com a graça santificante, no dia do batismo, mas sabemos também que ficaria "adormecida" na nossa alma se não a vitalizássemos mediante atos de fé. Fazemos um ato de fé cada vez que assentimos conscientemente às verdades reveladas por deus; não precisamente por as compreendermos plenamente; não precisamente por nos terem sido demonstradas, e a prova de nos ter convencido cientificamente; mas sim, primordialmente porque Deus as revelou. Deus por ser infinitamente sábio, não pode enganar-se. Deus por ser infinitamente verdadeiro, não pode mentir. Em consequência, quando diz que uma coisa é assim e não de outra maneira, não se pode pedir certeza maior.
A palavra divina contém mais certeza que todos os tubos de ensaio e arrazoados lógicos do mundo.
É fácil ver a razão porque um ato de fé  é um ato de culto a Deus. Quando digo:
"meu Deus, creio nestas verdades porque vós a revelastes, e vós não podeis enganar-vos nem enganar-me", estamos honrando a sabedoria e a veracidade infinitas de Deus do modo mais prático possível, aceitando-as como base na sua palavra.
Este dever de dar culto a Deus pela fé impõe-nos umas obrigações concretas. Deus não faz as coisas sem motivo. É evidente que, se nos deu a conhecer certas verdades, é porque de algum modo elas nos seriam úteis para alcançarmos o nosso fim que é dar-lhe glória pelo conhecimento, pelo amor e pelo serviço.
Assim saber que verdades são essas converte-se numa responsabilidade para nós, segundo a nossa capacidade e oportunidades.
Nós que já possuímos a fé, não podemos estar tranquilos pensando que, por termos frequentado o catecismo, já sabemos tudo o que precisamos sobre religião. Uma mente adulta necessita de uma compreensão de adulto das verdades divinas. Ouvir com atenção sermões e práticas, ler livros e revistas de doutrina cristã, participar de cursos ou círculos  de estudo sobre temas de fé e de vida cristã  não  são simples questões de gosto, coisas que nos ocupamos se nos dá na veneta. Não são práticas "piedosas" para almas devotas. É um dever essencial procurarmos um adequado grau de conhecimento da nossa fé, e esse dever resulta do primeiro dos mandamentos. Não podemos fazer atos de fé sobre uma verdade ou verdades que nem sequer conhecemos. Muitas tentações sobre a fé, se as temos, desapareceriam se nos déssemos ao trabalho de estudar um pouco mais as verdades da nossa fé.



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