quarta-feira, 11 de novembro de 2015

VIDA ETERNA


Devemos evitar a todo custo menosprezar o caráter decisivo da própria existência face à vida eterna " ...E dado que os homens morrem uma só vez e depois disso vem o julgamento...", adverte a Carta aos Hebreus

(Hebreus 9,27). O tempo que Deus nos dá para viver É O ÚNICO DE QUE DISPOMOS PARA MODELAR NOSSO DESTINO. A fé cristã repudia a concepção de sucessivas reencarnações da alma, que a levariam a uma gradual purificação até alcançar a perfeição. O homem pode, com certeza, ferir-se a si mesmo a ponto de não querer sarar.
Suas misérias não irão diluindo ao longo de vidas posteriores: é preciso sua conversão aqui e agora, pois ao morrer cessa seu período de decisões e ele ingressa na dimensão do definitivo. Por isso, Deus o interpela para que decida se deseja fazer parte do Reino futuro. E é o próprio homem, a partir de si mesmo e com genuíno mérito, quem escolhe seu destino; não uma lei de evolução das almas. 
Existe, na verdade, no coração do homem o poder de criar seu próprio inferno eterno.
É comum ouvir a objeção de que a existência do inferno contradiria a bondade divina. Mas, paradoxalmente, ela o confirma. " Se Deus deixasse de amar, deixaria de existir o inferno", refletia o grande teólogo Ladislaus Boros. Deus é essencialmente amor e esse amor é o que mantêm existindo todas as criaturas, inclusive as que o rejeitam. Ele não deixa de amar a todos. O homem, porém, pode ensimesmar -se e desprezar o dom recebido: nesse mesmo ato é que surge a realidade de seu inferno. Não quer amar e nem ser amado.
Só existe um caminho para a plenitude do Reino de Deus, por onde toda a humanidade redimida é convidada a transitar. O inferno é, a partir deste ponto de vista, ficar à beira, isolado, de costas.



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