terça-feira, 2 de agosto de 2016

LITURGIA DO DIA 03/08/2016 - "O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho."

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QUARTA-FEIRA

Ano: C

Santo do dia: Santa Lídia.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Anos Pares

18ª Semana do Tempo Comum.


Primeira leitura  


Leitura do Livro do Profeta Jeremias (31,1-7)

1 Naquele tempo, 
diz o Senhor, 
serei Deus para todas as tribos de Israel, 
e elas serão meu povo. 
2 Isto diz o Senhor: 
Encontrou perdão no deserto 
o povo que escapara à espada; 
Israel encaminha-se para o seu descanso.' 
3 O Senhor apareceu-me de longe: 
'Amei-te com amor eterno 
e te atraí com a misericórdia. 
4 De novo te edificarei, serás reedificada, 
ó jovem nação de Israel; 
de novo teus tambores ornarão as praças 
e sairás entre grupos de dançantes. 
5 Hás de plantar vinhas 
nos montes de Samaria; 
os cultivadores hão de plantar 
e também colher. 
6 Virá o dia em que gritarão os guardas 
no monte Efraim: 
'Levantai-vos, vamos a Sião, 
vamos ao Senhor, nosso Deus`. 
7 Isto diz o Senhor: 
Exultai de alegria por Jacó, 
aclamai a primeira das nações; 
tocai, cantai e dizei: 
'Salva, Senhor, teu povo, 
o resto de Israel. 
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Jr 31, 10. 11-12ab. 13 (R. Cf. 10d))

R. O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

10 Ouvi, nações, a palavra do Senhor *
e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
'Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, *
e o guardará qual pastor a seu rebanho!'   R. 

11 Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó *
e o libertou do poder do prepotente.
12a Voltarão para o monte de Sião, +
entre brados e cantos de alegria *
12b afluirão para as bênçãos do Senhor:   R. 

13 Então a virgem dançará alegremente, *
também o jovem e o velho exultarão;
mudarei em alegria o seu luto, *
serei consolo e conforto após a guerra.   R.

Evangelho

— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus (15,21-28)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo:
21 Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia.
22 Eis que uma mulher cananéia, vindo daquela região,
pôs-se a gritar:
'Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim:
minha filha está cruelmente atormentada por um
demônio!'
23 Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma.
Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram:
'Manda embora essa mulher,
pois ela vem gritando atrás de nós.'
24 Jesus respondeu: 'Eu fui enviado somente
às ovelhas perdidas da casa de Israel.'
25 Mas, a mulher, aproximando-se,
prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar:
'Senhor, socorre-me!'
26 Jesus lhe disse: 'Não fica bem tirar o pão dos filhos
para jogá-lo aos cachorrinhos.'
27 A mulher insistiu: 'É verdade, Senhor;
mas os cachorrinhos também comem
as migalhas que caem da mesa de seus donos!'
28 Diante disso, Jesus lhe disse:
'Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!'
E desde aquele momento sua filha ficou curada.
—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
O Evangelho de hoje nos revela a diferença fundamental entre o judaísmo e o cristianismo, entre as idéias do povo de Israel e as idéias que devem marcar a vida da Igreja. Para o povo de Israel, ele era o único povo de Deus e não poderia haver outro e as demais nações da terra não poderiam receber os benefícios de Deus. Para a Igreja, todos os homens e mulheres do mundo, de todas as classes, línguas e nações, são objetos da ação salvífica de Deus, de modo que a graça divina é para todos e a salvação é universal. No primeiro momento do Evangelho de hoje, Jesus nos mostra que é verdadeiramente um judeu, mas no segundo, nos mostra como verdadeiramente devemos ser e agir.
Fonte CNBB

Depois de Jesus ter andado a espalhar pela Galiléia junto dos seus a chegada do Reino dos Céus, ele decide-se a ir para terra estrangeira, para a região de Tiro e Sidon que fica ao norte da Galiléia, no atual Líbano, uma terra estrangeira onde a maior parte das pessoas eram não-judias, ao contrário da Galiléia, onde quase todos eram judeus. Uma delas era esta mulher que foi ter com Jesus. Esta mulher, sem nome, o evangelista Marcos chama-a de Síro-Fenícia, Mateus diz que ela é cananéia. Os dois títulos têm o mesmo significado: é uma mulher estrangeira.

Ela tinha uma filha endemoniada. A mãe não sabia mais o que fazer para livrar a pobre coitada daquele sofrimento. O demônio não deixava a menina em paz em nenhum momento. A mãe da menina aproveitou que Jesus estava por ali, chegou e gritou: “Jesus tenha pena de mim! Minha filha está horrivelmente dominada por um demônio!” Ela conhecia Jesus de nome e sabia que Ele era muito bom e tinha poder para mandar embora os demônios. A princípio, Jesus não falou nada nem fez nada. Também não parou de andar para dar atenção à mulher. Mas ela foi atrás dele gritando: “Jesus, tenha pena de mim!” Os amigos de Jesus entenderam o sofrimento daquela mãe e pediram para que o Senhor a mandasse embora. Jesus não mandou a mulher embora, mas fingiu que não iria atender o seu pedido. Para provar a fé daquela mulher, Ele disse que curava gente de seu país, e não gente de outro país.

A mulher movida de uma fé que ultrapassa a dos discípulos grita a Jesus: “Tem compaixão de mim, Senhor, filho de Davi! Minha filha tem uma doença maligna”. Jesus não responde. Os discípulos, incomodados, dizem-lhe: “Manda-a embora, pois vem gritando atrás de nós”.

A mulher, porém, jogou-se aos pés de Jesus: “Senhor, ajuda-me!”. Jesus insiste em não querer envolver-se no caso de uma estrangeira: “Não está certo tirar o pão dos filhos, para jogá-lo aos cachorrinhos”. Ela, porém, apesar de reconhecer que não tem esse direito insiste na sua humilde “súplica”: “É verdade, Senhor, mas também os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”. Então, Jesus respondeu: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres”. E, a partir daquela hora, a filha da cananéia ficou curada.

A mulher cananéia é um modelo de súplica humilde, como o centurião de Cafarnaum (Mt 8,5-13), e perseverante, como o cego Bartimeu (Mc 10,46-52). O centro do episódio é Jesus. Ele aparece livre, sereno, firme. No mesmo capítulo 15 de Mateus, Jesus se distancia das tradições dos escribas e fariseus. No episódio da cananéia, ele é pressionado pelos próprios discípulos para que despeça a mulher importuna. Mas Jesus se deixa vencer pela súplica de uma mãe angustiada. Não são os gritos da cananéia que o comovem, mas a perseverança da sua fé. Por ser pagã, ela não teria direito, mas a sua filha foi curada por pura graça. Jesus realiza um gesto soberano e profético, que anuncia o acesso dos pagãos (chamados de “cães”, pelos judeus) à salvação.

A insistência e ousadia da mulher cananéia, fez com que Jesus atendesse seu pedido e com isso provou para todos que em Deus não há diferença entre cultura, cor, raça, credo ou região. Uma grande lição para levarmos para nossas vidas é que precisamos ter uma fé teimosa, insistente, chata, daquelas que chega a incomodar, que não desanima nunca, que não se frustra. Pois assim, quando Deus provar a nossa fé, conseguiremos manter-nos firmes e fiéis. A perseverança da fé dessa mulher deve nortear também a tua. Insista que Jesus vai atender. A promessa é mesmo dele: Batei, e a porta se vos abrirá, buscai e achareis. Exercite sua fé na oração, na reflexão da palavra e no testemunho de sua vida.

Senhor, que eu seja mais sensível ao sofrimento dos pobres desta terra, do que aos “direitos adquiridos” dos sábios e entendidos! Que nas horas em que tu pareces não responder à minha súplica, eu persevere, confiando na tua misericórdia.
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper. 

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