domingo, 7 de agosto de 2016

LITURGIA DO DIA 07/08/2016 - Domingo - "Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! "

Resultado de imagem para EVANGELho 

DOMINGO

Ano: C

Santo do dia: São Sisto II e companheiros mártires.

Cor litúrgica do dia: VERDE

Anos Pares

19ª Domingo do Tempo Comum.


Primeira leitura  



Leitura do Livro da Sabedoria (18,6-9)

6 A noite da libertação fora predita a 
nossos pais, para que,
sabendo a que juramento tinham dado crédito,
se conservassem intrépidos.
7 Ela foi esperada por teu povo, 
como salvação para os justos e
como perdição para os inimigos.
8 Com efeito, aquilo com que puniste nossos adversários,
serviu também para glorificar-nos,
chamando-nos a ti.
9 Os piedosos filhos dos bons 
ofereceram sacrifícios secretamente e,
de comum acordo, fizeram este pacto divino:
que os santos participariam solidariamente 
dos mesmos bens e dos mesmos perigos.
Isto, enquanto entoavam antecipadamente 
os cânticos de seus pais.
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Salmo Responsorial  
(Sl 32,1.12.18-19.20.22 (R.12b))


R.Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança! 

1 Ó justos, alegrai-vos no Senhor!*
aos retos fica bem glorificá-lo.
12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor*
e a nação que escolheu por sua herança!   R.

18 Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem,*
e que confiam esperando em seu amor,
19 para da morte libertar as suas vidas*
e alimentá-los quando é tempo de penúria.   R.

20 No Senhor nós esperamos confiantes,*
porque ele é nosso auxílio e proteção!
22 Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,*
da mesma forma que em vós nós esperamos!   R.

Segunda leitura 

- Leitura da Carta aos Hebreus (11,1-2.8-19)

Irmãos:
1 A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera,
a convicção acerca de realidades que não se vêem.
2 Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho.
8 Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir
para uma terra que devia receber como herança,
e partiu, sem saber para onde ia.
9 Foi pela fé que ele residiu
como estrangeiro na terra prometida,
morando em tendas com Isaac e Jacó,
os co-herdeiros da mesma promessa.
10 Pois esperava a cidade alicerçada
que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor.
11 Foi pela fé também que Sara,
embora estéril e já de idade avançada,
se tornou capaz de ter filhos,
porque considerou fidedigno o autor da promessa.
12 É por isso também que de um só homem,
já marcado pela morte,
nasceu a multidão 'comparável às estrelas do céu
e inumerável como a areia das praias do mar'.
13 Todos estes morreram na fé.
Não receberam a realização da promessa,
mas a puderam ver e saudar de longe
e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra.
14 Os que falam assim
demonstram que estão buscando uma pátria,
15 e se se lembrassem daquela que deixaram,
até teriam tempo de voltar para lá.
16 Mas agora, eles desejam uma pátria melhor,
isto é, a pátria celeste.
Por isto, Deus não se envergonha deles,
ao ser chamado o seu Deus.
Pois preparou mesmo uma cidade para eles.
17 Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac;
ele, o depositário da promessa,
sacrificava o seu filho único,
18 do qual havia sido dito:
'É em Isaac que uma descendência levará o teu nome'.
19 Ele estava convencido de que Deus tem poder
até de ressuscitar os mortos,
e assim recuperou o filho
- o que é também um símbolo.
- Palavra do Senhor.

R. Graças a Deus.

Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas (12,32-48)

R. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
32 'Não tenhais medo, pequenino rebanho,
pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino.
33 Vendei vossos bens e dai esmola.
Fazei bolsas que não se estraguem,
um tesouro no céu que não se acabe;
ali o ladrão não chega nem a traça corrói.
34 Porque onde está o vosso tesouro,
aí estará também o vosso coração.
35 Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas.
36 Sede como homens que estão esperando
seu senhor voltar de uma festa de casamento,
para lhe abrirem, imediatamente, a porta,
logo que ele chegar e bater.
37 Felizes os empregados que o senhor
encontrar acordados quando chegar.
Em verdade eu vos digo:
Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa
e, passando, os servirá.
38 E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada,
felizes serão, se assim os encontrar!
39 Mas ficai certos: se o dono da casa
soubesse a hora em que o ladrão iria chegar,
não deixaria que arrombasse a sua casa.
40 Vós também ficai preparados!
Porque o Filho do Homem vai chegar
na hora em que menos o esperardes'.
41 Então Pedro disse: 'Senhor,
tu contas esta parábola para nós ou para todos?'
42 E o Senhor respondeu:
'Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor
vai colocar à frente do pessoal de sua casa
para dar comida a todos na hora certa?
43 Feliz o empregado que o patrão, ao chegar,
encontrar agindo assim!
44 Em verdade eu vos digo: o senhor lhe confiará a
administração de todos os seus bens.
45 Porém, se aquele empregado pensar:
'Meu patrão está demorando',
e começar a espancar os criados e as criadas,
e a comer, a beber e a embriagar-se,
46 o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado
e numa hora imprevista,
ele o partirá ao meio
e o fará participar do destino dos infiéis.
47 Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor,
nada preparou, nem agiu conforme a sua vontade,
será chicoteado muitas vezes.
48 Porém, o empregado que não conhecia essa vontade
e fez coisas que merecem castigo,
será chicoteado poucas vezes.
A quem muito foi dado, muito será pedido;
a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!

Palavra da Salvação.
—  Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
A Palavra de Deus deste Domingo convida os cristãos a não colocarem sua esperança em falsas seguranças. Convoca-os a viverem sempre no serviço, à espera do Senhor.

A 2ª leitura (Hb 11, 1 – 2. 8 – 12) fala da fé que tinham as grandes figuras do Antigo Testamento, sobretudo Abraão. A fé que guia os nossos passos é precisamente o fundamento das coisas que se esperam. A fé dá-nos a conhecer com certeza que o nosso destino é o Céu e, por isso, todas as coisas devem ordenar-se para esse fim supremo e subordinar-se a ele.

No evangelho (Lc 12, 32 – 48) Jesus exorta-nos à vigilância: “Estejam cingidos os vossos rins e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando o seu Senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrirem, imediatamente, a porta, logo que Ele chegar e bater” (Lc 12, 36).

Ter as roupas cingidas é uma imagem expressiva utilizada para indicar que alguém se preparava para realizar um trabalho, para empreender uma viagem, para entrar em luta. Ter lâmpadas acesas indica a atitude própria daquele que está de vigia ou espera a chegada de alguém. Quando o Senhor vier no final da nossa vida, deve encontrar-nos assim: em estado de vigília, como quem vive ao dia; servindo por amor e empenhados em melhorar as realidades terrenas, mas sem perder o sentido sobrenatural da vida, o fim para que tudo se dirige.

Essa vigilância há de ser contínua, perseverante, porque contínuo é o ataque do demônio que, “como um leão que ruge, dá voltas buscando a quem devorar” (1 Pd 5, 8). “Vela com o coração, vela com a fé, com a caridade, com as obras; prepara as lâmpadas, cuida de que não se apaguem, alimenta-as com o azeite interior de uma reta consciência; permanece unido ao Esposo pelo Amor, para que Ele te introduza na sala do banquete, onde a tua lâmpada nunca se extinguirá” (Santo Agostinho).

Estaremos vigilantes no amor e longe da tibieza e do pecado se nos mantivermos fiéis a Deus nas pequenas coisas que preenchem o dia. As pequenas coisas são a ante-sala das grandes, tanto no sentido negativo como positivo.

São Francisco de Sales fala-nos da necessidade de lutar nas pequenas tentações, pois são muitas as ocasiões em que se apresentam num dia corrente e, se se vencem, essas vitórias são mais importantes – por serem muitas – do que se se tivesse vencido uma tentação mais grave. É fácil, ensina o Santo, “não cometer um homicídio; mas é difícil repelir os pequenos ímpetos de cólera, que se apresentam com bastante facilidade. É fácil não furtar os bens do próximo, mas é difícil não os desejar. É fácil não levantar falsos testemunhos em juízo; mas é difícil não mentir numa conversa; é fácil não embriagar-se, mas é difícil ser sóbrio”!

As pequenas vitórias diárias fortalecem a vida interior e despertam a alma para as coisas divinas. São ocasiões que se apresentam com muita freqüência: trata-se de viver a pontualidade à hora de levantar-se ou de começar o trabalho; de deixar de lado uma leitura inútil que leva à perda de tempo; trata-se de fazer um pequeno sacrifício à hora das refeições; de dominar a língua num encontro de amigos ou numa reunião social, etc;

Se formos fiéis nas pequenas coisas, permaneceremos cingidos, vigilantes, à espera do Senhor que está para chegar.

Disse Jesus: “onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12, 34). O Senhor quer nos ensinar que nenhuma coisa criada pode ser o “tesouro”, o fim último do homem. Pelo contrário, o homem, usando retamente das coisas nobres da terra, percorre o caminho para Deus, santifica-se e dá ao Senhor toda a glória: “quer comais ou bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Cor 10, 31).

“…vai chegar na hora em que menos esperardes” (Lc 12, 40). Não devemos ficar preocupados com o dia ou a hora da morte. Deus quis ocultar o momento da morte de cada um e do fim do mundo. Imediatamente depois da morte, todo homem comparece para o juízo particular: “Assim, está estabelecido que os homens morram uma só vez; e depois disto, o juízo” (Hb 9, 27). Daí o cristão não poder aceitar a reencarnação! Quem morre não volta mais! Morre-se uma só vez! Estejamos preparados para esse encontro definitivo com o Senhor. Ele pedirá contas a cada um segundo as suas circunstâncias pessoais: todo o homem tem nesta vida uma missão para cumprir; dela teremos de responder diante do tribunal divino e seremos julgados segundo os frutos, abundantes ou escassos, que tenhamos dado.

O Senhor espera de nós uma conversão sincera e uma correspondência cada vez mais generosa: espera que estejamos vigilantes para que não adormeçamos na tibieza, para que andemos sempre despertos.

Mons. José Maria Pereira
Fonte Presbíteros
Deus os Abençoe! 
Paz e Bem.

in Corde Jesu, semper. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário