quinta-feira, 9 de junho de 2016

SÃO JOSÉ DE ANCHIETA


História: Um dos primeiros missionários católicos a chegar ao Brasil, o padre José de Anchieta ficou conhecido pelo seu admirável trabalho de catequese dos índios brasileiros.
Padre José de Anchieta - Acervo Biblioteca NacionalNascido em Tenerife (1533), uma das ilhas Canárias, filho de João Lopes de Anchieta, um revolucionário que tomou parte na Revolta dos Comuneiros contra o Imperador Carlos V, na Espanha; e um grande devoto da Virgem Maria. Sua mãe chamava-se Mência Dias de Clavijo y Larena, natural das Ilhas Canárias, filha de ex-judeus.
Anchieta viveu com os pais até os 14 anos, depois mudou-se para Coimbra – Portugal, onde foi estudar filosofia no Colégio das Artes até seus 18 anos, quando iniciou na Companhia de Jesus. Da família de 12 irmãos, Anchieta teve além dele, mais dois sacerdotes: O Padre Pedro Nuñez e Padre Melchior.
Entre os jesuítas, sua primeira atividade era ajudar na celebração de missas- chegava a efetuar mais de 10 missas por dia, trabalhando acima de 16 horas.
Porém, tanta dedicação causou-lhe alguns problemas de saúde, que se agravaram e se transformaram em constantes dores nas juntas e ossos do corpo, principalmente na coluna. Imaginando que as dores eram provas divinas, o Padre Anchieta dedicava-se ainda mais ao trabalho. O resultado foram dores por lesões permanentes que o acompanharam por toda a vida. Por essas dores ele se interessou em embarcar para o Brasil, devido ao fato de o clima ser mais ameno que o da Europa.
José de Anchieta chegou ao Brasil em 1553, junto com outros padres que se opunham a Contra-reforma religiosa na Europa, que tinham em mente a idéia de catequizar os habitantes das novas terras descobertas. José de Anchieta veio na esquadra de Dom Duarte da Costa, Segundo Governador Geral do Brasil. Junto com ele, vieram mais 6 padres jesuítas, todos doentes, iniciando os trabalhos evangélicos na capitania de São Vicente.
Anchieta não encontrou a cura para seus males e dores, mas se dedicou a catequizar os índios brasileiros e para isso, foi viver no meio deles, aprende com o Padre Auspicueta as primeiras palavras do Abanheenga, língua geral dos índios tupis e guaranis, aprendendo seus idiomas, seus costumes e lendas. Ele foi o primeiro a perceber que existia uma raiz comum nos diversos idiomas indígenas falados em nossa terra. José de Anchieta foi quem consagrou o termo “tupi”, para designar a essa raiz comum entre os idiomas indígenas.
A doze léguas dali, no dia 25 de janeiro ele formou o terceiro colégio regular do Brasil, dia em que foi realizada a primeira missa da fundação sendo celebrada a Conversão de São Paulo, e por esse motivo o lugar foi consagrado ao apóstolo desse nome.
Retornando a Piratininga foi nomeado reitor do Colégio de São Vicente, e elevado em 1578 à dignidade de provincial (superior) do Brasil depois da morte do Padre Manoel da Nóbrega. Chamado pelos gentios de payé-guaçu (amarra-mãos), e de santo pelos portugueses, o sacerdote apresentava-se desarmado diante de índios menos amigos, e obtinha triunfos extraordinários.
Transferido para o atual estado do Rio de Janeiro, participou ativamente da fundação da cidade e foi de importante atuação na expulsão dos invasores franceses calvinistas que ali pretendiam instalar uma colônia. Fundou a Santa Casa da Misericórdia no Rio de Janeiro (1582).
Desenvolveu sua atividade missionária também na Bahia, em Pernambuco e finalmente mudou-se para o Espírito Santo (1587), onde passou a se dedicar à organização de várias aldeias indígenas, até que morreu em Reritiba, hoje Anchieta.

Foi beatificado, ou seja, hoje o correto é chamá-lo de Beato José de Anchieta pelo Papa João Paulo II, no dia 22 junho de 1980, sem provas de seus milagres. O processo de beatificação já se arrastava por mais de 300 anos, a despeito do fato do “milagre” das “três almas salvas” onde em único dia ele conseguiu converter ao cristianismo um homem a morte (o índio Diogo em Santos – SP), um velho e um menino deficiente mental.

Oração do Padre José de Anchieta: Bem-aventurado José de Anchieta. Bem-aventurado José de Anchieta, missionário incansável e Apóstolo do Brasil, abençoai a nossa Pátria e a cada um de nós. Inflamado pelo zelo da glória de Deus, consumistes a vida na promoção dos indígenas, catequizando, instruindo, fazendo o bem. Que o legado de vosso exemplo frutifique novos apóstolos e missionários em nossa terra. Professor e mestre, abençoai nossos jovens, crianças e educadores. Consolador dos doentes e aflitos, protetor dos pobres e abandonados, velai por todos aqueles que mais necessitam e sofrem em nossa sociedade, nem sempre justa, fraterna e cristã. Santificai as famílias e comunidades, orientando os que regem os destinos do Brasil e do Mundo. Através de Maria Santíssima, que tanto venerastes na terra, iluminai os nossos caminhos, hoje e sempre. Amém.
Devoção: à Virgem Maria, os missionários e índios
Padroeiro: Dos apóstolos do Brasil
Padre José de Anchieta, rogai por nós!

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