TERÇA-FEIRA
Ano: C
Santo do dia: Santa Clotilde.
Cor litúrgica do dia: VERDE
Anos Pares
11ª Semana do Tempo Comum.
Primeira leitura
- Leitura do Primeiro Livro dos Reis (21,17-29)
Após a morte de Nabot,
17 a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, o tesbita,
nestes termos:
18 'Levanta-te e desce ao encontro de Acab,
rei de Israel, que reina em Samaria.
Ele está na vinha de Nabot,
aonde desceu para dela tomar posse.
19 Isto lhe dirás: 'Assim fala o Senhor:
Tu mataste e ainda por cima roubas!
E acrescentarás: 'Assim fala o Senhor:
No mesmo lugar em que os cães
lamberam o sangue de Nabot,
lamberão também o teu '.
20 Acab disse a Elias:
'Afinal encontraste-me, ó meu inimigo?'
Elias respondeu: 'Sim, eu te encontrei.
Porque te vendeste para fazer o que desagrada ao Senhor,
21 farei cair sobre ti a desgraça:
varrerei a tua descendência,
exterminando todos os homens da casa de Acab,
escravos ou livres em Israel.
22 Farei com a tua família
como fiz com as famílias de Jeroboão, filho de Nabat,
e de Baasa, filho de Aías,
porque provocaste a minha ira e fizeste Israel pecar.
23 Também a respeito de Jezabel
o Senhor pronunciou uma sentença:
'Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezrael.
24 Os da família de Acab que morrerem na cidade,
serão devorados pelos cães,
e os que morrerem no campo,
serão comidos pelas aves do céu' '.
25 Não houve ninguém que se tenha vendido como Acab,
para fazer o que desagrada ao Senhor,
porque a isto o incitava sua mulher Jezabel.
26 Portou-se de modo abominável,
seguindo os ídolos dos amorreus
que o Senhor tinha expulsado diante dos filhos de Israel.
27 Quando Acab ouviu estas palavras, rasgou as vestes,
pôs um cilício sobre a pele e jejuou.
Dormia envolto num pano de penitência e andava abatido.
28 Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias,
o tesbita, nestes termos:
29 'Viste como Acab se humilhou diante de mim?
Já que ele assim procedeu,
não o castigarei durante a sua vida,
mas nos dias de seu filho
enviarei a desgraça sobre a sua família'.
Após a morte de Nabot,
17 a palavra do Senhor foi dirigida a Elias, o tesbita,
nestes termos:
18 'Levanta-te e desce ao encontro de Acab,
rei de Israel, que reina em Samaria.
Ele está na vinha de Nabot,
aonde desceu para dela tomar posse.
19 Isto lhe dirás: 'Assim fala o Senhor:
Tu mataste e ainda por cima roubas!
E acrescentarás: 'Assim fala o Senhor:
No mesmo lugar em que os cães
lamberam o sangue de Nabot,
lamberão também o teu '.
20 Acab disse a Elias:
'Afinal encontraste-me, ó meu inimigo?'
Elias respondeu: 'Sim, eu te encontrei.
Porque te vendeste para fazer o que desagrada ao Senhor,
21 farei cair sobre ti a desgraça:
varrerei a tua descendência,
exterminando todos os homens da casa de Acab,
escravos ou livres em Israel.
22 Farei com a tua família
como fiz com as famílias de Jeroboão, filho de Nabat,
e de Baasa, filho de Aías,
porque provocaste a minha ira e fizeste Israel pecar.
23 Também a respeito de Jezabel
o Senhor pronunciou uma sentença:
'Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezrael.
24 Os da família de Acab que morrerem na cidade,
serão devorados pelos cães,
e os que morrerem no campo,
serão comidos pelas aves do céu' '.
25 Não houve ninguém que se tenha vendido como Acab,
para fazer o que desagrada ao Senhor,
porque a isto o incitava sua mulher Jezabel.
26 Portou-se de modo abominável,
seguindo os ídolos dos amorreus
que o Senhor tinha expulsado diante dos filhos de Israel.
27 Quando Acab ouviu estas palavras, rasgou as vestes,
pôs um cilício sobre a pele e jejuou.
Dormia envolto num pano de penitência e andava abatido.
28 Então a palavra do Senhor foi dirigida a Elias,
o tesbita, nestes termos:
29 'Viste como Acab se humilhou diante de mim?
Já que ele assim procedeu,
não o castigarei durante a sua vida,
mas nos dias de seu filho
enviarei a desgraça sobre a sua família'.
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus.
Salmo Responsorial
(Sl 50,3-4. 5-6a. 11.16 (R. C f. 3a))
R. Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
3 Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! *
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
4 Lavai-me todo inteiro do pecado, *
e apagai completamente a minha culpa! R.
5 Eu reconheço toda a minha iniquidade, *
o meu pecado está sempre à minha frente.
6a Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, *
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos! R.
11 Desviai o vosso olhar dos meus pecados *
e apagai todas as minhas transgressões!
16 Da morte como pena, libertai-me, *
e minha língua exaltará vossa justiça! R.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus (5,43-48)
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
43 Vós ouvistes o que foi dito:
'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!'
44 Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos
e rezai por aqueles que vos perseguem!
45 Assim, vos tornareis filhos
do vosso Pai que está nos céus,
porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons,
e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
46 Porque, se amais somente aqueles que vos amam,
que recompensa tereis?
Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
47 E se saudais somente os vossos irmãos,
o que fazeis de extraordinário?
Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48 Portanto, sede perfeitos
como o vosso Pai celeste é perfeito.'
— Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
Fonte CNBB
Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores é o conselho de Jesus. Do mesmo jeito que o Pai age conosco. Por isso, não podemos nos limitar a amar somente aqueles que nos amam, não haveria mérito. Não somos obrigados a gostar ou admirar, Jesus nos ordena que amemos. E amar é querer o bem, é ajudar, é reconhecer que todas as pessoas são objeto do Amor de Deus. À primeira vista, nós não encontramos nenhuma coerência, nem mesmo sentido, para a ação de rezar pelos inimigos. Mas, se nos dizemos filhos do Pai que está no céu e, se de fato queremos sê-lo, não podemos agir de outra maneira. Aqui na terra, quando os nossos pais são pessoas de bem, nós alimentamos o propósito de imitá-los. Mais ainda, nós precisamos copiar o Pai perfeito do céu, que nos ama do jeito que somos, que não nos cobra, que nos perdoa, mesmo quando somos filhos e filhas ingratos. A perfeição, a grandeza e o poder do Pai estão no amor e o Seu Amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos.
O Amor Perfeito! É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Jesus hoje nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto, aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.
As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver: A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles. A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).
Jesus chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte transbordante de bondade. Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oséias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).
A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: « Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras: « Senhor, não lhes atribua este pecado. » (Atos 7,60)
Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.
Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.
Pai faça-me teu imitador, que eu aprenda a amar perfeitamente como me amaste a mim e aos outros e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe!
Paz e Bem.
- in Corde Jesu, semper.
(Sl 50,3-4. 5-6a. 11.16 (R. C f. 3a))
R. Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
3 Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! *
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
4 Lavai-me todo inteiro do pecado, *
e apagai completamente a minha culpa! R.
5 Eu reconheço toda a minha iniquidade, *
o meu pecado está sempre à minha frente.
6a Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, *
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos! R.
11 Desviai o vosso olhar dos meus pecados *
e apagai todas as minhas transgressões!
16 Da morte como pena, libertai-me, *
e minha língua exaltará vossa justiça! R.
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
4 Lavai-me todo inteiro do pecado, *
e apagai completamente a minha culpa! R.
5 Eu reconheço toda a minha iniquidade, *
o meu pecado está sempre à minha frente.
6a Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, *
e pratiquei o que é mau aos vossos olhos! R.
11 Desviai o vosso olhar dos meus pecados *
e apagai todas as minhas transgressões!
16 Da morte como pena, libertai-me, *
e minha língua exaltará vossa justiça! R.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus (5,43-48)
R. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
43 Vós ouvistes o que foi dito:
'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!'
44 Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos
e rezai por aqueles que vos perseguem!
45 Assim, vos tornareis filhos
do vosso Pai que está nos céus,
porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons,
e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
46 Porque, se amais somente aqueles que vos amam,
que recompensa tereis?
Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
47 E se saudais somente os vossos irmãos,
o que fazeis de extraordinário?
Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48 Portanto, sede perfeitos
como o vosso Pai celeste é perfeito.'
43 Vós ouvistes o que foi dito:
'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!'
44 Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos
e rezai por aqueles que vos perseguem!
45 Assim, vos tornareis filhos
do vosso Pai que está nos céus,
porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons,
e faz cair a chuva sobre justos e injustos.
46 Porque, se amais somente aqueles que vos amam,
que recompensa tereis?
Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?
47 E se saudais somente os vossos irmãos,
o que fazeis de extraordinário?
Os pagãos não fazem a mesma coisa?
48 Portanto, sede perfeitos
como o vosso Pai celeste é perfeito.'
Um dos valores mais determinantes da nossa vida é a justiça, mas na maioria das vezes deixamos de lado a justiça de Deus para viver a justiça dos homens, fundamentada na troca de valores e não na gratuidade de quem de fato ama. Quem ama verdadeiramente reconhece que Deus é amor e tudo o que somos e temos vem dele, como prova desse amor gratuito. Assim, as nossas atitudes não podem ser determinadas pelas diferentes formas de comportamento das pessoas que nos rodeiam, mas pelo amor gratuito de Deus que deve fazer com que sejamos capazes de superar toda forma de vingança em nome da justiça e procurar dar a nossa contribuição para que o mundo seja cada vez melhor.
Fonte CNBB
Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores é o conselho de Jesus. Do mesmo jeito que o Pai age conosco. Por isso, não podemos nos limitar a amar somente aqueles que nos amam, não haveria mérito. Não somos obrigados a gostar ou admirar, Jesus nos ordena que amemos. E amar é querer o bem, é ajudar, é reconhecer que todas as pessoas são objeto do Amor de Deus. À primeira vista, nós não encontramos nenhuma coerência, nem mesmo sentido, para a ação de rezar pelos inimigos. Mas, se nos dizemos filhos do Pai que está no céu e, se de fato queremos sê-lo, não podemos agir de outra maneira. Aqui na terra, quando os nossos pais são pessoas de bem, nós alimentamos o propósito de imitá-los. Mais ainda, nós precisamos copiar o Pai perfeito do céu, que nos ama do jeito que somos, que não nos cobra, que nos perdoa, mesmo quando somos filhos e filhas ingratos. A perfeição, a grandeza e o poder do Pai estão no amor e o Seu Amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos.
O Amor Perfeito! É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Jesus hoje nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto, aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.
As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver: A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles. A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).
Jesus chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte transbordante de bondade. Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oséias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).
A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: « Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras: « Senhor, não lhes atribua este pecado. » (Atos 7,60)
Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.
Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.
Pai faça-me teu imitador, que eu aprenda a amar perfeitamente como me amaste a mim e aos outros e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.
Fonte CNBB
Amar e rezar pelos nossos inimigos e perseguidores é o conselho de Jesus. Do mesmo jeito que o Pai age conosco. Por isso, não podemos nos limitar a amar somente aqueles que nos amam, não haveria mérito. Não somos obrigados a gostar ou admirar, Jesus nos ordena que amemos. E amar é querer o bem, é ajudar, é reconhecer que todas as pessoas são objeto do Amor de Deus. À primeira vista, nós não encontramos nenhuma coerência, nem mesmo sentido, para a ação de rezar pelos inimigos. Mas, se nos dizemos filhos do Pai que está no céu e, se de fato queremos sê-lo, não podemos agir de outra maneira. Aqui na terra, quando os nossos pais são pessoas de bem, nós alimentamos o propósito de imitá-los. Mais ainda, nós precisamos copiar o Pai perfeito do céu, que nos ama do jeito que somos, que não nos cobra, que nos perdoa, mesmo quando somos filhos e filhas ingratos. A perfeição, a grandeza e o poder do Pai estão no amor e o Seu Amor foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, portanto podemos amar os nossos inimigos.
O Amor Perfeito! É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.
Jesus hoje nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto, aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.
As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver: A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles. A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).
Jesus chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte transbordante de bondade. Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O profeta Oséias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oséias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).
A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: « Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.
Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma consequência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras: « Senhor, não lhes atribua este pecado. » (Atos 7,60)
Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.
Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.
Pai faça-me teu imitador, que eu aprenda a amar perfeitamente como me amaste a mim e aos outros e não me deixes cair na tentação de fazer acepção de pessoas. Que eu ame a todos, sem qualquer distinção.
Fonte Canção Nova
Deus os Abençoe!
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