DOMINGO
Ano: C
Santo do dia: Santos João e Paulo.
Cor litúrgica do dia: VERDE
Anos Pares
13ª Domingo do Tempo Comum.
Primeira leitura
- Leitura do Primeiro Livro dos Reis (19,16b.19-21)
Naqueles dias:
disse o Senhor a Elias: vai e unge
16 ba Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula,
como profeta em teu lugar.
19 Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat,
lavrando a terra com doze juntas de bois;
e ele mesmo conduzia a última.
Elias, ao passar perto de Eliseu,
lançou sobre ele o seu manto.
20 Então Eliseu deixou os bois
e correu atrás de Elias, dizendo:
'Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe,
depois te seguirei'.
Elias respondeu:
'Vai e volta!
Pois o que te fiz eu?
21 Ele retirou-se,
tomou a junta de bois e os imolou.
Com a madeira do arado e da canga assou a carne
e deu de comer à sua gente.
Depois levantou-se, seguiu Elias
e pôs-se ao seu serviço.
Naqueles dias:
disse o Senhor a Elias: vai e unge
16 ba Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula,
como profeta em teu lugar.
19 Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat,
lavrando a terra com doze juntas de bois;
e ele mesmo conduzia a última.
Elias, ao passar perto de Eliseu,
lançou sobre ele o seu manto.
20 Então Eliseu deixou os bois
e correu atrás de Elias, dizendo:
'Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe,
depois te seguirei'.
Elias respondeu:
'Vai e volta!
Pois o que te fiz eu?
21 Ele retirou-se,
tomou a junta de bois e os imolou.
Com a madeira do arado e da canga assou a carne
e deu de comer à sua gente.
Depois levantou-se, seguiu Elias
e pôs-se ao seu serviço.
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus.
Salmo Responsorial
(Sl 15,1-2a.5.7-8.9-10.11(R. 5a))
R.Ó Senhor, sois minha herança para sempre!
1 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
2a Digo ao Senhor: 'Somente vós sois meu Senhor:*
nenhum bem eu posso achar fora de vós!'
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,*
meu destino está seguro em vossas mãos! R.
7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,*
e até de noite me adverte o coração.
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,*
pois se o tenho a meu lado não vacilo. R.
9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,*
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,*
nem vosso amigo conhecer a corrupção. R.
11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,*
delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.
Segunda leitura
- Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas (5,1.13-18)
Irmãos:
1 É para a liberdade que Cristo nos libertou.
Ficai pois firmes
e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da
escravidão.
13 Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade.
Porém, não façais dessa liberdade um pretexto
para servirdes à carne.
Pelo contrário, fazei-vos escravos uns dos outros,
pela caridade.
14 Com efeito,
toda a Lei se resume neste único mandamento:
'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'.
15 Mas, se vos mordeis e vos devorais uns aos outros,
cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros.
16 Eu vos ordeno: Procedei segundo o Espírito.
Assim, não satisfareis aos desejos da carne.
17 Pois a carne tem desejos contra o espírito,
e o espírito tem desejos contra a carne.
Há uma oposição entre carne e espírito, de modo que
nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer.
18 Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito,
então não estais sob o jugo da Lei.
- Palavra do Senhor.
(Sl 15,1-2a.5.7-8.9-10.11(R. 5a))
R.Ó Senhor, sois minha herança para sempre!
1 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
2a Digo ao Senhor: 'Somente vós sois meu Senhor:*
nenhum bem eu posso achar fora de vós!'
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,*
meu destino está seguro em vossas mãos! R.
7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,*
e até de noite me adverte o coração.
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,*
pois se o tenho a meu lado não vacilo. R.
9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,*
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,*
nem vosso amigo conhecer a corrupção. R.
11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,*
delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.
2a Digo ao Senhor: 'Somente vós sois meu Senhor:*
nenhum bem eu posso achar fora de vós!'
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,*
meu destino está seguro em vossas mãos! R.
7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,*
e até de noite me adverte o coração.
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,*
pois se o tenho a meu lado não vacilo. R.
9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,*
e até meu corpo no repouso está tranqüilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,*
nem vosso amigo conhecer a corrupção. R.
11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,*
delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.
Segunda leitura
- Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas (5,1.13-18)
Irmãos:
1 É para a liberdade que Cristo nos libertou.
Ficai pois firmes
e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da
escravidão.
13 Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade.
Porém, não façais dessa liberdade um pretexto
para servirdes à carne.
Pelo contrário, fazei-vos escravos uns dos outros,
pela caridade.
14 Com efeito,
toda a Lei se resume neste único mandamento:
'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'.
15 Mas, se vos mordeis e vos devorais uns aos outros,
cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros.
16 Eu vos ordeno: Procedei segundo o Espírito.
Assim, não satisfareis aos desejos da carne.
17 Pois a carne tem desejos contra o espírito,
e o espírito tem desejos contra a carne.
Há uma oposição entre carne e espírito, de modo que
nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer.
18 Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito,
então não estais sob o jugo da Lei.
1 É para a liberdade que Cristo nos libertou.
Ficai pois firmes
e não vos deixeis amarrar de novo ao jugo da
escravidão.
13 Sim, irmãos, fostes chamados para a liberdade.
Porém, não façais dessa liberdade um pretexto
para servirdes à carne.
Pelo contrário, fazei-vos escravos uns dos outros,
pela caridade.
14 Com efeito,
toda a Lei se resume neste único mandamento:
'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'.
15 Mas, se vos mordeis e vos devorais uns aos outros,
cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros.
16 Eu vos ordeno: Procedei segundo o Espírito.
Assim, não satisfareis aos desejos da carne.
17 Pois a carne tem desejos contra o espírito,
e o espírito tem desejos contra a carne.
Há uma oposição entre carne e espírito, de modo que
nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer.
18 Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito,
então não estais sob o jugo da Lei.
- Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (9,51-62)
R. Glória a vós, Senhor.
51 Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu.
Então ele tomou a firme decisão
de partir para Jerusalém
52 e enviou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho
e entraram num povoado de samaritanos,
para preparar hospedagem para Jesus.
53 Mas os samaritanos não o receberam,
pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.
54 Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram:
'Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu
para destruí-los?'
55 Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os.
56 E partiram para outro povoado.
57 Enquanto estavam caminhando,
alguém na estrada disse a Jesus:
'Eu te seguirei para onde quer que fores.'
58 Jesus lhe respondeu:
'As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.'
59 Jesus disse a outro: 'Segue-me.'
Este respondeu:
'Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.'
60 Jesus respondeu:
'Deixa que os mortos enterrem os seus mortos;
mas tu, vai anunciar o Reino de Deus.'
61 Um outro ainda lhe disse: 'Eu te seguirei, Senhor,
mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.'
62 Jesus, porém, respondeu-lhe:
'Quem põe a mão no arado e olha para trás,
não está apto para o Reino de Deus.'
— Palavra da Salvação.
R. Glória a vós, Senhor.
Homilia
O Evangelho do XIII Domingo (Lc 9, 51-62) diz que Jesus tomou resolutamente o caminho para Jerusalém. Este caminho, ou esta viagem, é modelar. Simboliza a resposta de Jesus ao plano do Pai. Ele não vacila. Vai ao encontro do Pai, segue rumo a Jerusalém, onde se consumará a sua missão.
Quem quiser ser discípulo de Jesus, deve pôr-se a caminho com Ele. Ser discípulo de Cristo não consiste em conhecer a sua doutrina! É segui-Lo, é aderir inteiramente a Ele. É fazer o mesmo caminho que Cristo percorreu.
Enquanto percorria o caminho Jesus encontra três candidatos a discípulo, que representam os inumeráveis candidatos, que desejarão seguí-Lo ao longo dos séculos e Jesus põe-lhes as condições do Seu seguimento. “Seguir-Te-ei para onde quer que fores” (Lc 9, 57), diz o primeiro; e o Senhor respondeu-lhe: “As raposas têm tocas e a aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9, 58). Aquele que deseja seguir a Cristo, não pode ter pretensões de segurança ou vantagens terrenas. Ao segundo, Jesus dirige-lhe um convite decisivo, como que uma ordem: “Segue-Me” (Lc 9, 59) e a este, tal como ao terceiro, que pede um adiamento por questões familiares, Jesus não hesita em declarar que é preciso seguí-Lo sem adiar a Sua chamada. Há casos em que um adiamento, ou mesmo o pensar demasiadamente no assunto, poderiam comprometer tudo. “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62). O Cardeal Roncalli, falando aos padres, dizia: “Deixamos a nossa terra e a nossa família, sem perder o amor à terra e à família, mas elevando este amor a um significado mais alto e mais vasto… Ai de nós, se continuamos a pensar numa casa cômoda…, num teor de vida que nos procure glória, honras ou satisfações mundanas!”
Meditando nestas palavras devemos reagir contra a tentação de um cristianismo medíocre, fácil, preguiçoso, feito à medida das próprias comodidades e interesses.
Por a mão no arado e olhar para trás… Temos que olhar para frente! Estar decidido a seguir o Mestre. Pois, a chamada do Senhor é sempre urgente, porque a messe é grande e os operários são poucos. E há messes que se perdem por não haver quem as recolha. Entreter-se, olhar para trás, por “senões” à entrega, tudo isso vem a dar no mesmo.
Para sermos fiéis e felizes, é preciso que tenhamos sempre os olhos fixos em Jesus, como o corredor, que, uma vez iniciada a corrida, não se distrai com nada: a única coisa que lhe interessa é a meta. Comentando esta passagem diz São Josemaria Escrivá: “Eu te darei um meio seguro para venceres esses temores – tentações do diabo ou da tua falta de generosidade! – despreza-os, tira da tua memória essas lembranças. Pregou-o de modo terminante o Mestre há vinte séculos: “ Não olhes para trás!”(Sulco, 133).
Santo Atanásio diz: “Olhar para trás significa ter pesares e voltar a experimentar o gosto das coisas do mundo”. É a tibieza, que se introduz no coração dos que não têm os olhos postos no Senhor; é não ter o coração transbordante de Deus e das coisas nobres da vocação.
Nós queremos ter olhos para olhar unicamente para Cristo e para todas as coisas nobres n'Ele. Por isso podemos dizer com o Salmista: “O Senhor é a porção da minha herança. Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegrias em tua presença e delícias à tua direita, perpetuamente” (Sl 15, 11). O caminho da vida é a nossa vocação, que temos de olhar com amor e agradecimento.
O homem define-se pela vocação recebida de Deus. Cada homem é aquilo para que Deus o criou, a vida humana não tem outro sentido senão ir conhecendo e realizando livremente essa vontade divina. O homem realiza-se ou perde-se conforme cumpre ou não na sua vida o desígnio concreto que Deus tem a seu respeito. Todos nós recebemos uma vocação, quer dizer, uma chamada para conhecermos a Deus, para o reconhecermos como fonte da vida; um convite para entrarmos na intimidade divina, para cultivarmos um relacionamento pessoal com Ele.
A fidelidade a essa vocação implica uma correspondência às chamadas que Deus nos vai fazendo ao longo da vida, como desdobramento dessa vontade divina a nosso respeito. Regra geral, trata-se de uma fidelidade em face das pequenas coisas de cada dia, de amar a Deus no trabalho, nas alegrias e nas penas, de repelir com firmeza tudo o que signifique de alguma maneira olhar para onde não podemos encontrar o olhar de Cristo.
Peçamos ao Senhor as virtudes essenciais para que a fidelidade possa encontrar um apoio. Sem essas virtudes seria difícil ou impossível seguir o mestre. Algumas são: humildade de reconhecer que temos os pés de barro (cf Dn 2, 33); a prudência e a sinceridade, que são consequências da humildade; a caridade e a fraternidade, que nos impedem de encerrar-mos em nós mesmos; o espírito de sacrifício, que conduz à temperança, à sobriedade, à luta contra o comodismo e o aburguesamento; e sobretudo o espírito de oração que nos leva a tratar a Deus como um Amigo, como o Amigo de toda a vida. Ensina Santa Teresa: “Aquele que não deixa de avançar, ainda que demore, acaba por chegar. Abandonar a oração não me parece outra coisa senão perder o caminho”.
Mons. José Maria Pereira
Fonte Presbíteros
Deus os Abençoe!
Paz e Bem.
- in Corde Jesu, semper.
Evangelho
— O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas (9,51-62)
R. Glória a vós, Senhor.
51 Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu.
Então ele tomou a firme decisão
de partir para Jerusalém
52 e enviou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho
e entraram num povoado de samaritanos,
para preparar hospedagem para Jesus.
53 Mas os samaritanos não o receberam,
pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.
54 Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram:
'Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu
para destruí-los?'
55 Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os.
56 E partiram para outro povoado.
57 Enquanto estavam caminhando,
alguém na estrada disse a Jesus:
'Eu te seguirei para onde quer que fores.'
58 Jesus lhe respondeu:
'As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.'
59 Jesus disse a outro: 'Segue-me.'
Este respondeu:
'Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.'
60 Jesus respondeu:
'Deixa que os mortos enterrem os seus mortos;
mas tu, vai anunciar o Reino de Deus.'
61 Um outro ainda lhe disse: 'Eu te seguirei, Senhor,
mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.'
62 Jesus, porém, respondeu-lhe:
'Quem põe a mão no arado e olha para trás,
não está apto para o Reino de Deus.'
Então ele tomou a firme decisão
de partir para Jerusalém
52 e enviou mensageiros à sua frente.
Estes puseram-se a caminho
e entraram num povoado de samaritanos,
para preparar hospedagem para Jesus.
53 Mas os samaritanos não o receberam,
pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém.
54 Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram:
'Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu
para destruí-los?'
55 Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os.
56 E partiram para outro povoado.
57 Enquanto estavam caminhando,
alguém na estrada disse a Jesus:
'Eu te seguirei para onde quer que fores.'
58 Jesus lhe respondeu:
'As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.'
59 Jesus disse a outro: 'Segue-me.'
Este respondeu:
'Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.'
60 Jesus respondeu:
'Deixa que os mortos enterrem os seus mortos;
mas tu, vai anunciar o Reino de Deus.'
61 Um outro ainda lhe disse: 'Eu te seguirei, Senhor,
mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.'
62 Jesus, porém, respondeu-lhe:
'Quem põe a mão no arado e olha para trás,
não está apto para o Reino de Deus.'
O Evangelho do XIII Domingo (Lc 9, 51-62) diz que Jesus tomou resolutamente o caminho para Jerusalém. Este caminho, ou esta viagem, é modelar. Simboliza a resposta de Jesus ao plano do Pai. Ele não vacila. Vai ao encontro do Pai, segue rumo a Jerusalém, onde se consumará a sua missão.
Quem quiser ser discípulo de Jesus, deve pôr-se a caminho com Ele. Ser discípulo de Cristo não consiste em conhecer a sua doutrina! É segui-Lo, é aderir inteiramente a Ele. É fazer o mesmo caminho que Cristo percorreu.
Enquanto percorria o caminho Jesus encontra três candidatos a discípulo, que representam os inumeráveis candidatos, que desejarão seguí-Lo ao longo dos séculos e Jesus põe-lhes as condições do Seu seguimento. “Seguir-Te-ei para onde quer que fores” (Lc 9, 57), diz o primeiro; e o Senhor respondeu-lhe: “As raposas têm tocas e a aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9, 58). Aquele que deseja seguir a Cristo, não pode ter pretensões de segurança ou vantagens terrenas. Ao segundo, Jesus dirige-lhe um convite decisivo, como que uma ordem: “Segue-Me” (Lc 9, 59) e a este, tal como ao terceiro, que pede um adiamento por questões familiares, Jesus não hesita em declarar que é preciso seguí-Lo sem adiar a Sua chamada. Há casos em que um adiamento, ou mesmo o pensar demasiadamente no assunto, poderiam comprometer tudo. “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62). O Cardeal Roncalli, falando aos padres, dizia: “Deixamos a nossa terra e a nossa família, sem perder o amor à terra e à família, mas elevando este amor a um significado mais alto e mais vasto… Ai de nós, se continuamos a pensar numa casa cômoda…, num teor de vida que nos procure glória, honras ou satisfações mundanas!”
Meditando nestas palavras devemos reagir contra a tentação de um cristianismo medíocre, fácil, preguiçoso, feito à medida das próprias comodidades e interesses.
Por a mão no arado e olhar para trás… Temos que olhar para frente! Estar decidido a seguir o Mestre. Pois, a chamada do Senhor é sempre urgente, porque a messe é grande e os operários são poucos. E há messes que se perdem por não haver quem as recolha. Entreter-se, olhar para trás, por “senões” à entrega, tudo isso vem a dar no mesmo.
Para sermos fiéis e felizes, é preciso que tenhamos sempre os olhos fixos em Jesus, como o corredor, que, uma vez iniciada a corrida, não se distrai com nada: a única coisa que lhe interessa é a meta. Comentando esta passagem diz São Josemaria Escrivá: “Eu te darei um meio seguro para venceres esses temores – tentações do diabo ou da tua falta de generosidade! – despreza-os, tira da tua memória essas lembranças. Pregou-o de modo terminante o Mestre há vinte séculos: “ Não olhes para trás!”(Sulco, 133).
Santo Atanásio diz: “Olhar para trás significa ter pesares e voltar a experimentar o gosto das coisas do mundo”. É a tibieza, que se introduz no coração dos que não têm os olhos postos no Senhor; é não ter o coração transbordante de Deus e das coisas nobres da vocação.
Nós queremos ter olhos para olhar unicamente para Cristo e para todas as coisas nobres n'Ele. Por isso podemos dizer com o Salmista: “O Senhor é a porção da minha herança. Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegrias em tua presença e delícias à tua direita, perpetuamente” (Sl 15, 11). O caminho da vida é a nossa vocação, que temos de olhar com amor e agradecimento.
O homem define-se pela vocação recebida de Deus. Cada homem é aquilo para que Deus o criou, a vida humana não tem outro sentido senão ir conhecendo e realizando livremente essa vontade divina. O homem realiza-se ou perde-se conforme cumpre ou não na sua vida o desígnio concreto que Deus tem a seu respeito. Todos nós recebemos uma vocação, quer dizer, uma chamada para conhecermos a Deus, para o reconhecermos como fonte da vida; um convite para entrarmos na intimidade divina, para cultivarmos um relacionamento pessoal com Ele.
A fidelidade a essa vocação implica uma correspondência às chamadas que Deus nos vai fazendo ao longo da vida, como desdobramento dessa vontade divina a nosso respeito. Regra geral, trata-se de uma fidelidade em face das pequenas coisas de cada dia, de amar a Deus no trabalho, nas alegrias e nas penas, de repelir com firmeza tudo o que signifique de alguma maneira olhar para onde não podemos encontrar o olhar de Cristo.
Peçamos ao Senhor as virtudes essenciais para que a fidelidade possa encontrar um apoio. Sem essas virtudes seria difícil ou impossível seguir o mestre. Algumas são: humildade de reconhecer que temos os pés de barro (cf Dn 2, 33); a prudência e a sinceridade, que são consequências da humildade; a caridade e a fraternidade, que nos impedem de encerrar-mos em nós mesmos; o espírito de sacrifício, que conduz à temperança, à sobriedade, à luta contra o comodismo e o aburguesamento; e sobretudo o espírito de oração que nos leva a tratar a Deus como um Amigo, como o Amigo de toda a vida. Ensina Santa Teresa: “Aquele que não deixa de avançar, ainda que demore, acaba por chegar. Abandonar a oração não me parece outra coisa senão perder o caminho”.
Mons. José Maria Pereira
Fonte Presbíteros
Quem quiser ser discípulo de Jesus, deve pôr-se a caminho com Ele. Ser discípulo de Cristo não consiste em conhecer a sua doutrina! É segui-Lo, é aderir inteiramente a Ele. É fazer o mesmo caminho que Cristo percorreu.
Enquanto percorria o caminho Jesus encontra três candidatos a discípulo, que representam os inumeráveis candidatos, que desejarão seguí-Lo ao longo dos séculos e Jesus põe-lhes as condições do Seu seguimento. “Seguir-Te-ei para onde quer que fores” (Lc 9, 57), diz o primeiro; e o Senhor respondeu-lhe: “As raposas têm tocas e a aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9, 58). Aquele que deseja seguir a Cristo, não pode ter pretensões de segurança ou vantagens terrenas. Ao segundo, Jesus dirige-lhe um convite decisivo, como que uma ordem: “Segue-Me” (Lc 9, 59) e a este, tal como ao terceiro, que pede um adiamento por questões familiares, Jesus não hesita em declarar que é preciso seguí-Lo sem adiar a Sua chamada. Há casos em que um adiamento, ou mesmo o pensar demasiadamente no assunto, poderiam comprometer tudo. “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus” (Lc 9, 62). O Cardeal Roncalli, falando aos padres, dizia: “Deixamos a nossa terra e a nossa família, sem perder o amor à terra e à família, mas elevando este amor a um significado mais alto e mais vasto… Ai de nós, se continuamos a pensar numa casa cômoda…, num teor de vida que nos procure glória, honras ou satisfações mundanas!”
Meditando nestas palavras devemos reagir contra a tentação de um cristianismo medíocre, fácil, preguiçoso, feito à medida das próprias comodidades e interesses.
Por a mão no arado e olhar para trás… Temos que olhar para frente! Estar decidido a seguir o Mestre. Pois, a chamada do Senhor é sempre urgente, porque a messe é grande e os operários são poucos. E há messes que se perdem por não haver quem as recolha. Entreter-se, olhar para trás, por “senões” à entrega, tudo isso vem a dar no mesmo.
Para sermos fiéis e felizes, é preciso que tenhamos sempre os olhos fixos em Jesus, como o corredor, que, uma vez iniciada a corrida, não se distrai com nada: a única coisa que lhe interessa é a meta. Comentando esta passagem diz São Josemaria Escrivá: “Eu te darei um meio seguro para venceres esses temores – tentações do diabo ou da tua falta de generosidade! – despreza-os, tira da tua memória essas lembranças. Pregou-o de modo terminante o Mestre há vinte séculos: “ Não olhes para trás!”(Sulco, 133).
Santo Atanásio diz: “Olhar para trás significa ter pesares e voltar a experimentar o gosto das coisas do mundo”. É a tibieza, que se introduz no coração dos que não têm os olhos postos no Senhor; é não ter o coração transbordante de Deus e das coisas nobres da vocação.
Nós queremos ter olhos para olhar unicamente para Cristo e para todas as coisas nobres n'Ele. Por isso podemos dizer com o Salmista: “O Senhor é a porção da minha herança. Ensinar-me-ás o caminho da vida, cheio de alegrias em tua presença e delícias à tua direita, perpetuamente” (Sl 15, 11). O caminho da vida é a nossa vocação, que temos de olhar com amor e agradecimento.
O homem define-se pela vocação recebida de Deus. Cada homem é aquilo para que Deus o criou, a vida humana não tem outro sentido senão ir conhecendo e realizando livremente essa vontade divina. O homem realiza-se ou perde-se conforme cumpre ou não na sua vida o desígnio concreto que Deus tem a seu respeito. Todos nós recebemos uma vocação, quer dizer, uma chamada para conhecermos a Deus, para o reconhecermos como fonte da vida; um convite para entrarmos na intimidade divina, para cultivarmos um relacionamento pessoal com Ele.
A fidelidade a essa vocação implica uma correspondência às chamadas que Deus nos vai fazendo ao longo da vida, como desdobramento dessa vontade divina a nosso respeito. Regra geral, trata-se de uma fidelidade em face das pequenas coisas de cada dia, de amar a Deus no trabalho, nas alegrias e nas penas, de repelir com firmeza tudo o que signifique de alguma maneira olhar para onde não podemos encontrar o olhar de Cristo.
Peçamos ao Senhor as virtudes essenciais para que a fidelidade possa encontrar um apoio. Sem essas virtudes seria difícil ou impossível seguir o mestre. Algumas são: humildade de reconhecer que temos os pés de barro (cf Dn 2, 33); a prudência e a sinceridade, que são consequências da humildade; a caridade e a fraternidade, que nos impedem de encerrar-mos em nós mesmos; o espírito de sacrifício, que conduz à temperança, à sobriedade, à luta contra o comodismo e o aburguesamento; e sobretudo o espírito de oração que nos leva a tratar a Deus como um Amigo, como o Amigo de toda a vida. Ensina Santa Teresa: “Aquele que não deixa de avançar, ainda que demore, acaba por chegar. Abandonar a oração não me parece outra coisa senão perder o caminho”.
Mons. José Maria Pereira
Fonte Presbíteros
Deus os Abençoe!
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